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Emotivo, vereador "de vila" lembra que foi prefeito 3 dias

Por Ângela Kempfer | 20/12/2024 06:00
Carlão durante sessão de encerramento do ano legislativo. (Foto: Assessoria)
Carlão durante sessão de encerramento do ano legislativo. (Foto: Assessoria)

Três dias de fama - Durante o encerramento do ano legislativo, na última sessão, o presidente da Câmara Municipal, vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), fez uma breve retrospectiva do mandato e lembrou que foi prefeito por três dias. Emocionado, o parlamentar contou que vão até colocar uma placa para marcar sua breve passagem pelo Executivo Municipal. "Quando eu entrei falaram que eu era um cara de vila, que não tinha curso superior", relembrou.

Novo no NOVO – Eleito em 2020 pelo partido Rede Sustentabilidade, o vereador em fim de mandato, André Luis, agora integra o partido Novo. A mudança chama atenção, porque a legenda possui uma ideologia bastante distinta das anteriores do parlamentar, que já foi filiado ao PV, Rede Sustentabilidade e, mais recentemente, ao PRD. Neste último, chegou a cogitar uma candidatura à prefeitura da Capital, mas, conforme suas próprias palavras, teve o "tapete puxado" às vésperas do registro de candidatura.

Frustração – Ao explicar a escolha pelo Novo, André Luis afirmou que sua decisão foi motivada pela decepção com a legenda anterior e pela busca por renovação. "Fiquei frustrado com o PRD porque eu acreditei que fosse um partido comprometido com a renovação democrática. No entanto, se revelou, na verdade, um partido de aluguel, e isso foi extremamente decepcionante para mim. Precisamos de partidos fortes. O PRD foi um grande erro, mas agora vou para o Novo com a convicção de que lá as pessoas trabalham de forma séria, focando na política e não no político. Essa é a nossa proposta e eu acredito nisso", declarou o vereador.

Lookinhos - De roupa combinando a terno completo, alguns looks chamaram atenção durante a entrega do diploma aos eleitos. O deputado estadual Lídio Lopes (sem partido), escolheu uma gravata azul para combinar com o vestido da esposa, a prefeita reeleita Adriane Lopes (PP). Já o vereador eleito Maicon Nogueira (PP) apostou no terno completo, com colete e tudo, para a ocasião especial.  Outros looks que chamaram atenção foram da bancada eleita do PT, que abriu mão do tradicional vermelho. Apenas o vereador eleito Jean Ferreira (PT) escolheu uma gravata da cor símbolo dos petistas.

Fofoca rolou solta - Os vereadores Carlos Augusto Borges (PSB) e Silvio Pitu (PSDB) cumpriram a função da turma do fundão, comentando o anúncio de cada colega chamado a receber o diploma. A dupla brincou com a vereadora eleita Luiza Ribeiro (PT) perguntando se iria apresentar alguma emenda e repararam no sapato "diferente" do vereador eleito Fábio Rocha.

Fundão - Nem mesmo a altura do vereador Epaminondas Neto, o Papy (PSDB), ficou de fora. Apesar do espírito da turma do fundão, os parlamentares estavam na primeira fila do plenário, seguindo a ordem determinada pelo TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) de acordo com o número de votos.

Atrasado - O vereador eleito, Rafael Tavares (PL), foi o último parlamentar a chegar para a diplomação na noite de ontem. Apareceu às 19h58, meia hora depois do horário marcado. Tavares deu entrevista e entrou no plenário durante a execução do Hino Nacional.

Climão - Na primeira fila, a prefeita e o vereador eleito Marquinhos Trad (PDT) quase sentaram lado a lado. Os antigos aliados ficaram separados pela vice-prefeita eleita, Camila Nascimento (Avante). A proximidade deixou claro o climão entre os dois, que fizeram de tudo para evitar o contato. Ao ser chamado ao palco, Marquinhos preferiu dar a volta e fazer quatro parlamentares levantarem do que passar na frente de Adriane. Quando Marquinhos terminou o discurso, a prefeita foi chamada e, para não se cruzarem, Trad abraçou o deputado estadual Antônio Vaz, que estava no meio do caminho.

Nem quero ouvir - Sinais do desconforto também ficaram evidentes no semblante de Adriane. Nos quase 10 minutos de discurso, a prefeita não soube como agir. Primeiro ficou encarando o palco, no sentido oposto ao que o ex-aliado estava, depois começou a mexer na bolsa. Ela ainda ficou admirando o documento que tinha acabado de receber, revisou o discurso e conversou com a sua vice. Tudo isso para não encarar Marquinhos ou parecer que estava ouvindo o ex-colega.

Voto fechado - Último a garantir apoio ao nome de Epaminondas Neto, o Papy, para a presidência da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Campo Grande, Marquinhos Trad já conversou com o candidato. "Foi o único que até então me procurou, que colocou as suas pretensões", relatou Papy. Quanto à articulação do PP para fechar uma chapa, o ex-prefeito alfinetou dizendo que nem internamente o partido tem consenso. "Dificilmente eu voltaria atrás. Eu diria a você que eu não volto atrás. Vou voltar no Papy", finalizou.

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