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Fake news até em caso de estupro

Marta Ferreira | 22/03/2018 06:00

Incontrolável - Uma das notícias que mais geraram comentários nesta semana, o estupro de uma estudante durante trote aos calouros na UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) segue o mesmo roteiro de outros fatos que provocam polêmica: as correntes que circulam nas redes sociais e tentam confundir a opinião pública. Ontem, surgiu uma suposta declaração da jovem com riqueza de detalhes.

Teor - O texto diz que a moça bebeu muito por vontade própria. Afirma, ainda, que o exame feito identificou que a violação não foi consumada, com direito a letras maiúsculas nessa parte. É um "textão" distribuído principalmente em grupos de Whatsapp, e que vai contra ao que foi divulgado até agora por responsáveis pela investigação.

O que a polícia diz - Pelas informações já divulgadas pela Polícia Civil, a menina de 17 anos foi encontrada caída, perto do local onde ocorreu uma festa open bar. No hospital, foi diagnosticado coma alcoólico, que normalmente produz  amnésia, além de confirmada a violência sexual. No depoimento à polícia, a jovem disse não se lembrar de nada, mas ainda assim a declaração atribuída a ela traz todo o passo a passo. 

Reforço - Durante agenda do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) nesta quarta, o deputado Junior Mochi (PMDB), presidente da Assembleia Legislativa, assegurou mais uma vez que o apoio ao governo do Estado independe da disputa eleitoral que pode ocorrer entre as legendas. No mesmo evento, Reinaldo sinalizou que conversa com o MDB e que “surpresas” podem ocorrer na eleição.

Mudanças? – A fala de Reinaldo encheu de esperanças quem defende a retomada da dobradinha MDB-PSDB, editada e vitoriosa em várias eleições. Nesta semana, por exemplo, o líder do PMDB na Assembleia, Eduardo Rocha, defendeu essa aliança como a ideal para que os dois partidos tenham força.

Outro olhar – Ao anunciar repasse para assistência social, o governador afirmou que sua gestão trata de forma diferente a área. Disse que faz investimentos na área social, mas que mudou modelos passados como no programa Vale Renda.

O que mudou - Segundo o tucano, um modelo considerado assistencialista foi alterado. Hoje, diz, além de repassar recursos, o governo faz capacitação para o mercado de trabalho e empreendedorismo.

Caravana – Sem muito alarde, uma comissão da Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul esteve na terça-feira (20) no Tribunal de Contas do Estado, a fim de apresentar uma série de reivindicações à Corte de Contas. Entre eles, ajustes nos procedimentos de controle externo em relação aos municípios. A claque foi recebida pelo presidente do TCE, conselheiro Waldir Neves.

Cautela – Neves, ao lado de outros conselheiros, ouviu as demandas dos prefeitos e anotou os pedidos que, segundo a Assomasul, visam a evitar “eventuais prejuízos à administração pública municipal em termos de punições”. O TCE é responsável por analisar e julgar contas de gestores, aplicando multas e ordenando devolução de dinheiro público em caso de ilícitos.

Extrator – De quebra, os prefeitos foram apresentados ao E-Extrator, uma ferramenta desenvolvida pelo TCE que permite o acompanhamento de números das administrações, comparando bancos de dados como de notas fiscais, Junta Comercial, Ministério da Educação e Tribunal de Contas da União com os da Corte de Contas Estadual.

(Com Humberto Marques e Leonardo Rocha)

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