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Gaeco deixou para "última hora" divulgação da Omertà 3

Marta Ferreira, Anahi Zurutuza e Leonardo Rocha | 19/06/2020 06:00
Movimentação de policiais durante terceira fase da Omertà, nesta quinta-feira. (Foto: Henrique Kawaminami)
Movimentação de policiais durante terceira fase da Omertà, nesta quinta-feira. (Foto: Henrique Kawaminami)

Silêncio controlado – Nem uma notinha avisando “Gaeco na rua”, como de costume, saiu da assessoria de imprensa do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) durante as ações da Omertà 3 ontem. As informações, sem nome como é praxe, só foram divulgadas de noite, depois das 19h. Nesse horário, também já havia sido retirado o sigilo da decisão do juiz Marcelo Ivo de Souza, da 7ª Vara Criminal.

Dúvida – O sigilo causou confusão até entre agentes da segurança pública, que chegaram a pensar que a operação nas ruas de Mato Grosso do Sul se tratava de mais uma fase de investigação contra a “Máfia do Cigarro”, já que há pouco menos de um mês, policiais apontados como integrantes a organização criminosa estavam na mira do Gaeco e os trabalhos de ontem contaram com a ajuda das corregedorias da PM (Polícia Militar) e Polícia Civil.

Não apareceu – O deputado estadual Jamilson Name (sem partido) não deu as caras na sessão Assembleia Legislativa nessa quinta-feira (18), quando foi deflagrada a terceira fase da Operação Omertà e mais uma vez, o pai e irmão dele, Jamil Name e Jamilzinho, foram alvos.

Sem comentários – O sargento da PM Rógerio Luis Phelippe, que segundo a investigação atuava como motorista do deputado, foi preso pela força-tarefa ontem. Por meio da assessoria de imprensa, o parlamentar informou apenas que soube do ocorrido pela imprensa e esperaria mais detalhes antes de se manifestar.

Home office – Sabendo que Jerson Domingos também tinha contra si mandado de prisão preventiva e não havia sido encontrado no apartamento onde mora, próximo ao Shopping Campo Grande, o Campo Grande News tentou contato com o gabinete do conselheiro do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul) na manhã de ontem. Quem atendeu o telefone informou que “tudo mundo” estava trabalhando em home office por causa da pandemia do novo coronavírus.

Fora da cidade – Jerson estava em sua fazenda, em Rio Negro, onde foi preso. Segundo o próprio advogado, André Borges, ele saiu de casa na madrugada, horas antes da operação estourar, e foi para a propriedade rural, onde estavam apenas funcionários.

Cuidado – Nas redes sociais, a cada comentário sobre a Omertà 3, alguém fazia o alerta para que os internautas tomassem cuidado com o que falavam sobre família dona de um império e que fez fama de “temida” em Mato Grosso do Sul. “Em boca fechada não entra mosca, já diz o velho ditado”, avisou por exemplo um usuário no Facebook.

Projeto – O deputado federal por Mato Grosso do Sul, Fábio Trad (PSD), propôs à Câmara um projeto de lei para aumentar a pena daqueles que praticarem atos de improbidade administrativa durante períodos de calamidade pública.

Mais tempo– O parlamentar propõe como punição a perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de dez a doze anos, pagamento de multa civil de até cinco vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de oito anos.

Amor ao próximo – O prefeito Marquinhos Trad (PSD) tenta agora convencer a população da importância de usar máscara. “Pense nisso como um gesto de amor ao próximo. Use sempre a máscara para proteger a sua saúde e a de todos que estão a sua volta”, diz postagem dele sobre a obrigatoriedade do equipamento decretada a partir desta sexta-feira (18).

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