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Juiz investigado é chamado para defesa de colega condenado

Por Maristela Bruneto, Anahi Zurutuza e Gabriela Couto | 06/11/2024 06:00
Juiz Aldo Ferreira da Silva Júnior ao lado do colega Paulo Afonso (Foto: reprodução redes sociais)
Juiz Aldo Ferreira da Silva Júnior ao lado do colega Paulo Afonso (Foto: reprodução redes sociais)

Turma queimada - O juiz Aldo Ferreira da Silva Júnior quer incrementar sua defesa na ação de improbidade que responde na 1ª Vara de Direitos Difusos da Capital. Ele já recebeu duas condenações de aposentadoria compulsória por ilegalidades em processos e foi alvo de ação penal. Na acusação por improbidade, quer que colegas deponham em sua defesa, incluindo um desembargador, advogados e o ex-colega de magistratura, Paulo Afonso de Oliveira, juiz que foi alvo recente da operação Ultima Ratio, exatamente por uma decisão duvidosa proferida em processo apresentado pela esposa de Aldo, que teria sido elaborado com documentos falsos.

Tudo liberado – Inclusive, embora tenha sido determinado pelo ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça, até o fechamento da coluna, nenhum dos investigados da Operação Ultima Ratio estava sendo monitorado por tornozeleira eletrônica, passados 12 dias do cumprimento dos mandados expedidos para a ação da Polícia Federal. Por enquanto, nenhuma orientação foi feita à Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) e parece que ninguém está interessado em cumprir a ordem.

Silêncio – À reportagem, o STF (Supremo Tribunal Federal), para onde os autos foram remetidos, informou que em virtude do sigilo não nos atualizaria a respeito do processo. A PGR (Procuradoria-Geral da República), a quem poderia caber a atribuição de pedir a prisão dos alvos – desembargadores do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul e conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) –, só informou que “é o Judiciário que precisa verificar o cumprimento das medidas cautelares determinadas”.

Quero celulose -  Em conversas com prefeitos eleitos em evento da Assomasul, o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, comentou que os pedidos dos prefeitos ultimamente mudaram de foco. "Antes todo mundo queria um frigorífico, agora todos querem fábrica de celulose".

Conselho - O secretário estadual de Administração, Frederico Felini, deixou um conselho para os futuros gestores. "Tenham uma equipe técnica muito boa e revejam o fluxo dos processos". Ele aproveitou para ressaltar que as licitações demoram cerca de 100 dias da abertura até a entrega.

Puxa-saco - Presença marcante no evento foi do ex-governador, André Puccinelli (MDB), abraçado por todos, falando ao pé de ouvido de alguns, perguntando como vão outros. "Vim porque me chamaram. Agora estão puxando meu saco".

Made in SP - Com participação geral do primeiro escalão, o secretário estadual de Gestão e Planejamento Estratégico, Rodrigo Perez, afirmou que o novo modelo de municipalismo que o governo do Estado está implantando foi apresentado em São Paulo, onde já está na terceira fase. Por aqui, começará a valer em MS em 2025.

Caso clínico - Já o secretário estadual de Saúde, Maurício Simões, inovou e apresentou um caso clínico da vida real, para falar das dificuldades do sistema para regular cerca de 300 pacientes esperando leitos de alta complexidade, por dia. Ele falou de um homem que chegou apenas com dor de cabeça, mas virou prioridade e precisou ser entubado, menos de uma hora depois.

Ausente – Foi realizada na tarde desta terça-feira (5) a primeira audiência de instrução e julgamento da ação penal contra os acusados de furtar o apartamento do ex-governador Reinaldo Azambuja. Só três policiais da Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) foram ouvidos, já que as vítimas, Reinaldo e Fátima Azambuja, estavam ausentes e as testemunhas de defesa não foram convocadas para depor ainda. Ficou para fevereiro do ano que vem a segunda rodada de oitivas.

Troca de comando – O governador Eduardo Riedel (PSDB) avalia, mais uma vez, trocar o comando da Segurança Pública em Mato Grosso do Sul e está em busca do substituto para Antônio Carlos Videira, que teria pedido para deixar o cargo por motivos pessoais. O mais cotado, Carlos Alberto David dos Santos, o deputado estadual Coronel David (PL), nem recebeu convite, mas descarta a possibilidade. Ele tem planos de assumir lugar na Mesa Diretora da Assembleia Legislativa.


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