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“Lado de lá” desdenhou do apoio de mandatários, diz Carlão

Anahi Zurutuza, Gabriela Couto e Caroline Maldonado | 05/10/2022 06:00
Vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), presidente da Câmara de Campo Grande. (Foto: CMCG/Divulgação)
Vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), presidente da Câmara de Campo Grande. (Foto: CMCG/Divulgação)

Apoio – O vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), revelou que está analisando o convite do PSDB para apoiar a candidatura de Eduardo Riedel (PSDB) neste 2º turno. Aliado fiel do ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD), ele foi chamado para coordenar duas regiões para a campanha tucana, mas está analisando. “Tenho duas viagens para resolver problema de saúde. Não sei se vou conseguir ajudar. O que sei é que o outro lado lá [Capitão Contar – PRTB] não chamou para conversar e já disse que não quer apoio de ninguém com mandato”.

Palanque – O PL sul-mato-grossense, que até o dia 2 estava na base de apoio a Riedel, avalia migrar para Contar. A decisão seria tomada após reunião em Brasília, marcada para ontem. O Republicanos já definiu que fica com o tucano e classificou como “equívoco” Bolsonaro repentinamente pedir votos para o candidato do PRTB em MS. “Ele precisa lembrar dos caroneiros que já teve. Firmamos parceria no início do ano com Tereza Cristina [ex-ministra da Agricultura] e ele [presidente] aprovou”, afirmou o Wilton Acosta, presidente regional do Republicanos, à Folha de S. Paulo.

Articulação – Quem se reuniu com Bolsonaro nesta terça também foi a própria Tereza Cristina, que preside o Progressistas em Mato Grosso do Sul e fez campanha colada em Riedel. O conteúdo do encontro ainda é guardado a sete chaves.

Quem dá mais? – Já o MDB decidiu que vai conversar com os dois lados e apoiar quem oferecer mais espaço. “Vamos ver quem melhor nos acomoda. Quem falar em dinheiro, vai perder nosso apoio, vai ser carta fora do baralho. Queremos ter espaço na próxima gestão”, declarou André Puccinelli, que ficou em terceiro lugar no 1º turno, também à Folha.

Prós e contras - A senadora Simone Tebet, candidata a presidente da República pelo MDB, terceira colocada no primeiro turno, não deve fazer campanha, mas declarar, publicamente, seu voto em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no 2º turno. Ela já decidiu que não vai se omitir e reconhece dificuldades para apoiar o presidente Jair Bolsonaro. No debate da Globo, o candidato do PL se dirigiu a senadora chamando-a de estepe.

Ligações – Simone conversou ontem com ex-presidente Lula, em ligação intermediada pela mulher dele, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, segundo o jornal O Globo. Ainda conforme a matéria, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice de Lula, também ligou para a senadora, mas a equipe de Alckmin nega. A expectativa é que a Simone se encontre com Lula ainda hoje e o anúncio pode até acontecer ao lado do candidato.

Projeção – Dona de quase 5 milhões de votos, fato é que Simone saiu fortalecida das eleições – obteve mais votos que Ciro Gomes (PDT), que já ocupou altos cargos políticos no País. A análise estampou as capas de pelo menos seis jornais on-line de alcance nacional nesta terça-feira (4). Outro reflexo foi nas redes sociais. Entre o dia 28, quando participou do derradeiro debate da Globo, e ontem, a parlamentar sul-mato-grossense ganhou mais de 400 mil seguidores no Instagram e a curiosidade em saber que lado vai tomar, fez 100 mil passarem a acompanhá-la em 24 horas. Ontem, ela comemorou a marca de 800 mil “fãs”.

Chateado – Com apenas 6.379, o candidato a deputado federal Wellington de Oliveira, o Delegado Wellington (PL), não conseguiu chegar à Câmara Federal e em mensagem para agradecer o engajamento de alguns de seus apoiadores dentro da Polícia Civil, fez questão de registrar que faltou empenho da categoria para elegê-lo. Pedindo reflexão a delegados e policiais, com frases como “somos responsáveis por tudo que nos acontece”, ele não escondeu o descontentamento.

Como assim? - O vereador André Luís Soares da Fonseca, o Prof. André (Rede), não acreditou no que viu e reclamou da falta de repressão à barulheira de fogos na Avenida Afonso Pena, no último sábado (1º), véspera da votação. “É proibido soltar fogos com estampido em Campo Grande. Será que está difícil entenderem? Cadê a fiscalização?”, perguntou o parlamentar, indignado.

É lei - Conforme o artigo 124 da lei que institui o Código de Polícia Administrativa de Campo Grande, é proibida a queima e a soltura de fogos de artifícios com estampido ou efeito sonoro (fogos de tiro) no perímetro urbano da Capital. É permitida apenas a queima e a soltura de fogos de artifício de vistas, ou seja, aqueles silenciosos. André Luis ficou revoltado com o que viu, quatro viaturas da Polícia Militar no canteiro e policiais presenciando a queima de fogos, porque foi um dos que lutou para que a proibição virasse lei, no fim do ano passado.

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