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Jogo Aberto

Mais uma operação, mais um vazamento

Marta Ferreira | 13/09/2018 06:00

Alguém contou - Do dia em que o ministro Felix Fisher, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), determinou a ordem de prisão de 14 pessoas alvo da operação Vostok, que investiga esquema envolvendo a sonegação de tributos, foram 10 dias para montar a ofensiva. Nesse tempo, alguém abriu o bico, situação que não é incomum nessas ações. A coluna apurou que na noite anterior, havia o buxixo circulando sobre o que ocorreria.

“Vidente” – O coordenador da Funai em Campo Grande, Paulo Rios, chegou a postar em suas redes sociais, desde a semana passada, mensagens indicando que haveria algo de impacto nas eleições. Depois, apagou boa parte deles.

Logística – A explicação para a demora entre a ordem judicial, do dia 3 de setembro, e a concretização dos mandados tem a ver com a organização da ação policial. Foram 220 policiais, para cumprir 44 mandados de busca e apreensão e 14 de prisão, em 5 cidades de Mato Grosso do Sul, além de uma a dois mil quilômetros de Campo Grande, Trairão, no Pará.

Nome – A cidade, com esse nome peculiar, suscitou diversos comentários . É lá, segundo apurado, que vive José Ricardo Guitti Guimaro, conhecido como Polaco, corretor de imóveis que também teve ordem de prisão decretada pelo STJ. O município, que fica à beira da BR-163, tem 18 mil habitantes e foi batizado assim em referência ao episódio envolvendo pescadores que encontraram uma traíra muito grande no rio que banha a região.

Ops – Policiais que vieram de Goiás para participar da operação tiveram que devolver um cd apreendido com o pecuarista Zelito Viana. Acharam que havia conteúdo importante para a investigação, mas na verdade trata-se de filmagens de uma pescaria.

Meia-volta – Os agentes já estavam perto de Bandeirantes, a caminho “de casa”, e enviariam pormalote o conteúdo apreendido, mas tiveram de voltar ao descobrir que nada tinha a ver com os interesses da investigação.

Burburinho virtual – Com visitas ao Centro de poder do Estado, a operação virou assunto popular na internet. No meio da manhã, chegou a liderar os “trending topics” do Twitter, ou seja, a lista de termos mais comentados naquele dia no País.

Manifestações – Com tanta informação circulando, teve gente que foi para a porta da Polícia Federal conferir de perto. Aos 80 anos, uma senhora foi até lá apenas para prestar solidaridariedade ao governador Reinaldo Azambuja, que foi até o local à tarde para prestar esclarecimentos à PF.

Rubinho – Teve, como sempre, os desavisados. Uma delas, uma estudante, quis saber o que estava acontecendo e ao ser informada que o governador estaria por lá, devolveu a pergunta: “Como é o nome do governador?”

Rubinho 2 – De passagem pela rua onde fica a superintendência da Polícia Federal, um motociclista desistiu apostar no que estaria acontecendo. “Vão prender o Puccinelli”, gritou. Ninguém entendeu se era graça ou se ele não sabia mesmo que o ex-governador já está preso.

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