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Jogo Aberto

Militância disputou 300 vagas em evento fechado com Lula

Por Fernanda Palheta, Anahi Zurutuza, Caroline Maldonado e Gabriela Couto | 12/04/2024 06:00
Tenda montada nos fundos de planta frigorífica, onde presidente Lula será recebido nesta sexta (Foto: Direto das Ruas)
Tenda montada nos fundos de planta frigorífica, onde presidente Lula será recebido nesta sexta (Foto: Direto das Ruas)

300 lugares – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estará em Mato Grosso do Sul nesta sexta-feira (12) para inaugurar a exportação de carne para a China de frigoríficos recém habilitados. Porém a agenda do petista será totalmente institucional. Para ver a presidente a militância disputou os 300 lugares disponibilizados pelo cerimonial do Palácio do Planalto. De acordo com representantes do partido no Estado, não foi fácil fechar a lista.

Diversidade – Para acompanhar a agenda presidencial o partido garantiu lugares para vários dos seguimentos da militância: CUT (Central Única dos Trabalhadores), MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra), indígenas, quilombolas, juventude e comunidade LGBTQIAP+.

Lugar ao sol – Completam a lista de convidados, dirigentes do PT, vereadores e pré-candidatos petistas da disputa eleitoral deste ano, que devem tentar as famosas selfies com Lula. Boa parte dos integrantes da sigla, virá do interior de Mato Grosso do Sul, apurou a coluna.

“Do Sul” – Ao anunciar detalhes técnicos e o impacto econômico da habilitação de 38 frigoríficos para a exportação de carne para a China, na tarde desta quinta-feira (11), o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária, Roberto Perosa, acertou inúmeros dados, menos o nome do estado em que será realizado o ato de inauguração da exportação. Perosa repetiu diversas vezes “Mato Grosso”. Apenas na quinta vez em que citou a agenda do presidente, se lembrou de acrescentar o “do Sul”.

Passado polêmico – Questionado sobre a “escolha” da JBS para a habilitação da exportação de carne para a China devido ao “passado polêmico” da empresa, tocada no Brasil pelos irmãos Joesley e Wesley Batista, o secretário de Comércio e Relações Internacionais desviou da pergunta e respondeu tecnicamente explicando que todos os frigoríficos brasileiros passaram pelo processo de habilitação e a decisão de credenciar as plantas foi do governo chinês.

Agenda cheia – O presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, Carlos Augusto Borges, o “Carlão” (PSB), não vai participar da recepção ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta sexta-feira (12). Ele já tem viagem programada a sua cidade, Pedro Gomes. Por lá, como de costume, vai “cavar buracos” em obra na chácara, nas palavras dele.

No aguardo - Carlão está confiante que a prefeita Adriane Lopes (PP) não vai vetar as mudanças feitas pelos vereadores no projeto do estacionamento rotativo da Capital. Eles reduziram de 15 anos para 12 o tempo de concessão a empresa escolhida, além de inserir no texto a obrigação de que o uso do recurso recolhido pela prefeitura seja usado somente depois de aprovado pela Câmara o destino.

Um dos envolvidos na montagem, André Furquim filmou mar de motos no estacionamento da JBS (Foto: Reprodução)
Um dos envolvidos na montagem, André Furquim filmou mar de motos no estacionamento da JBS (Foto: Reprodução)

Mar de motos – A quantidade de motocicletas no estacionamento da unidade 2 da JBS em Campo Grande, onde será feito o embarque da carga de proteína animal para a China, impressionou o decorador e promotor de eventos, André Furquim, que estava no local na manhã de ontem (11) para a montagem da estrutura para receber Lula. “Olha isso aqui. Meu Deus do céu”, disse ao filmar o “mar de motos”. O veículo deve ser usado para o ir e vir de boa parte dos funcionários, já que o frigorífico fica na BR-060, afastado da cidade, o que mostra, portanto, a dimensão da planta na Capital.

Multa ao agressor – O deputado estadual Rinaldo Modesto (Podemos) apresentou projeto de lei, que institui mecanismo para coibição da violência contra a mulher. Proposta semelhante está em tramitação no Congresso Nacional. A ideia é multar o agressor de mulheres e também obrigá-lo a fazer o ressarcimento das despesas decorrentes do respectivo atendimento.

Pode dobrar – A multa será aplicada considerando a capacidade econômica do agressor e a gravidade da infração, não podendo ser inferior a 10 e nem superior a 10 mil Uferms. O valor será aumentado em 2/3, caso a violência seja empregada com o uso de arma de fogo. E, aplicada em dobro, quando ocorrer reincidência, ainda que genérica.

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