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Jogo Aberto

O irmão rico e o irmão pobre na prefeitura da Capital

Jones Mário e Fernanda Palheta | 06/07/2019 07:00
Marquinhos diz que sofre com queda de ICMS, o que não ocorreu com o irmão Nelsinho Trad.
Marquinhos diz que sofre com queda de ICMS, o que não ocorreu com o irmão Nelsinho Trad.

Apagado - A comemoração dos 40 anos da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) foi atrapalhada pela falta de luz. O problema fez o cerimonial da instituição mudar às pressas o palco da festa, que passou da sala de atos da reitoria, no térreo, para um local menor, no primeiro andar. A energia foi restabelecida após 20 minutos de evento e celebrada com palmas.

Cidade do Futuro -  Durante a assinatura do decreto que autoriza o alvará automático, o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD) justificou que a modernização do licenciamento para construção pensam no futuro. “Hoje Campo Grande têm, em média, 915 mil habitantes, estou fazendo uma cidade que atinja 1,5 milhão de pessoas”.

Grito solitário - O prefeito também voltou a falar sobre a queda na arrecadação de impostos e cobrou apoios. “O grito tem sido só meu”, disse Marquinhos, reclamando que não vê uma movimentação nem da Câmara, nem da Assembleia Legislativa por compensações ao município.

Irmão pobre - Marquinhos ainda comparou os recursos disponíveis em sua gestão e os de seu irmão, Nelsinho Trad (PSD), que foi prefeito de Campo Grande entre 2005 e 2012. “Meu irmão, por exemplo, administrava a cidade com quase 28% de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Eu estou administrando com 18%. São 48 milhões a menos”, protestou.

Delcidio - Durante a fala na abertura do Fórum de Licenciamento Urbanístico e Ambiental, o prefeito se solidarizou a situação do ex-senador Delcídio do Amaral (PTC), inocentado da acusação de obstrução de Justiça, no episódio envolvendo o então diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Sem citar nomes, o prefeito criticou a repercussão midiática do caso com “notícias falsas” e manchetes que afetaram a família do ex-senador. Marquinhos ainda se colocou no lugar de Delcídio dizendo que também tem filhas.

Especulações? – As conversas entre Sergio Moro e procuradores da Lava Jato, que começaram a vazar há um mês, podem até evidenciar a parcialidade do juiz e viabilizar anulações de decisões e condenações, mas há quem diga que é preciso mais. Sobre diálogos divulgados pela Veja nesta semana, advogado ligado a réu em ação derivada da força-tarefa chegou a dizer que é difícil trabalhar em cima de “conjecturas” feitas pela reportagem.

Duplicidade – O Ministério Público Federal recorreu à Justiça para questionar se sentença recente, condenando o ex-desembargador federal Paulo Theotonio Costa à prisão por lavagem de dinheiro, também alcançava a decretação da perda da função pública que ele ocupara no Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Despacho do juiz Bruno Teixeira, da 3ª Vara Federal da Capital, apontou que a medida seria desnecessária.

O tempo voa – O MPF viu omissão do juiz ao não decretar a perda de cargo público a Theotonio Costa, porém, Teixeira alegou não ter competência para tal decisão, já tomada pelo Superior Tribunal de Justiça. Afastado desde 2003, o ex-desembargador foi acusado de participar de triangulação financeira para facilitar o recebimento de título milionário pelo extinto Banco Bamerindus.

Estamos bem” – A senadora Soraya Thronicke (PSL/MS) cumpriu seu papel de base governista e defendeu os avanços da administração Bolsonaro durante evento na UFMS nesta sexta-feira (5). Citou a aprovação do relatório da reforma da previdência e comentou que, até setembro, será votada a “MP da Liberdade Econômica”, que promete facilitar a vida de empreendedores. “É um grandessíssimo avanço”.

 

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