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Ormetà mostra tato de ministro e preocupação com "ele"

Ângela Kempfer, Fernanda Palheta e Humberto Marques | 04/10/2019 06:00
Presença do policial civil Andrey Elesbão Silva na Câmara para receber homenagem gerou comentários na internet. (Foto: O Campo-Grandense/Reprodução)
Presença do policial civil Andrey Elesbão Silva na Câmara para receber homenagem gerou comentários na internet. (Foto: O Campo-Grandense/Reprodução)

Voa alto – Interceptações telefônicas realizadas na Ormetà revelam diálogos, no mínimo, pitorescos. Entre as ligações monitoradas estava o de uma pessoa próxima à família Name e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (ex-deputado federal e ex-secretário de Saúde da Capital). Em conversa empolgada sobre projetos do setor, em 20 de junho, o interlocutor insinua que Mandetta pode ser “o futuro presidente do Brasil”.

Muita calma... – Comedido, Mandetta reserva-se a dizer que é preciso “tato” para falar sobre o assunto, “porque ele é muito temperamental”. “Ele”, na avaliação dos investigadores, seria ninguém menos que o presidente Jair Bolsonaro.

... nessa hora – Em meio ao tom cordial do bate-papo, o alvo das escutas ainda sugere a Mandetta o que ocorreria com uma junção entre “ele” e o empresário Jamil Name, foco central da Ormetà. “Seria a terceira guerra mundial”, resume o ministro.

UTI – A manhã promete ser de apreensão na Santa Casa de Campo Grande, onde, às 9h desta sexta-feira, o presidente da Associação Beneficente, Esacheu Nascimento, reúne-se com o corpo clínico para tratar da situação econômica e financeira do maior hospital do Estado. O tema, pelo menos até hoje, costuma ser indigesto para os funcionários do hospital.

Inchaço – Há anos, a Santa Casa vem pleiteando aumentos nos repasses para custear serviços já existentes e novos assumidos junto ao SUS (Sistema Único de Saúde). As respostas, porém, chegam abaixo do valor solicitado. Problemas com a documentação já fizeram o hospital, inclusive, suspender o recebimento de emendas do município.

Novos ares – Fora dos holofotes desde a eleição de 2018, quando recebeu 347 mil votos e ficou em quarto lugar na corrida pelo Senado –na primeira eleição que disputou–, Marcelo Miglioli voltou ao cenário político estadual. Com pompa, as direções estadual e municipal do Solidariedade anunciaram a filiação do engenheiro e ex-secretário estadual de Infraestrutura, com a esperança que o reforço ajude o partido a crescer.

Reaparecimento – Miglioli é mais um nome que, nos preparativos para as eleições de 2020, retorna ao cenário partidário em Campo Grande. Nas últimas semanas, figuras como o ex-senador Delcídio do Amaral (PTB) e os ex-vereadores Paulo Pedra e Vanderlei Cabeludo, entre outros, deram as caras em eventos partidários.

Pânico – Virou meme na internet nesta quinta-feira a visita de um policial da Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos, Assaltos e Sequestros) à Câmara de Campo Grande. Conforme a página do Facebook O Campo-Grandense, teve gente que quase morreu de susto com a presença inusitada. Na Câmara, porém, a piada não teve graça.

Medalha – O policial civil Andrey Elesbão Silva foi à Câmara a convite do vereador Eduardo Romero (Rede), de quem recebeu a medalha legislativa “Delegado de Polícia Pedro Antônio Pegolo”, destinada também ao sargento BM Edson Vieira de Souza. “As pessoas só pensam maldade”, afirmou o vereador. “Esse alvoroço significa que as pessoas acham sempre que só há problema”.

Ecos do passado – O presidente da Câmara, João Rocha (PSDB), também lamentou a situação. “A gente viveu uma legislatura extremamente complicada na passada e, graças a Deus, agora está tendo paz e encaminhamento diferente. Isso incomoda”, disse, revelando também insatisfação com a forma com a qual tais situações acabam “superdimensionadas”.

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