Outros corpos ainda podem sair do armário da Omertà
Crimes no armário - É possível, mas é difícil. Essa é a análise de autoridades que estão lidando com as investigações da Operação Omertà sobre a reabertura de casos de execuções mais antigos, cujos mandantes não foram responsabilizados. Nessa conta, só para citar um episódio rumoroso, está a morte do delegado Paulo Magalhães.
Sob análise - Duas fontes ouvidas pela coluna, sob condição de preservação do nome, disseram que a reabertura de casos é avaliada, mas com 'reserva'. O motivo seria a necessidade de elementos bastante fortes.
Condenado - Com pena a cumprir pelo crime, o ex-guarda civil municipal José Moreira Freires, o Zezinho, é considerado um dos pistoleiros da organização criminosa alvo da Omertà. À época da execução, em 2013, ele se apresentou espontaneamente. Desde abril do ano passado, virou fumaça.
Hóspede ilustre - A chegada de Jamil Name provocou surpresa entre detentos no Presídio Federal de Campo Grande. Como o contato ali é restrito, alguns só foram informados da presença do empresário octagenário durante a visita do advogado, que por sua vez é monitorada e gravada.
Isolados - Jamil Name, o filho Jamilzinho, e os policiais Vladenilson Olmedo e Márcio Cavalcanti foram para a unidade federal no dia 12 de maio. Todos estão no RDD - Regime Diferenciado de Disciplina, com as regras mais severas do sistema penitenciário brasileiro.
Insônia - Para produzir mais de 8 mil páginas de informações que embasam as revelações da Operação Omertà, integrantes da força-tarefa estão, como é de se esperar, trabalhando dobrado. E há quem tenha começado a fazer uso de remédio tarja preta, tamanho o volume e intensidade do trabalho.
Molho - Depois de desmaiar durante júri do serial killer Nando, que acabou sendo suspenso, o promotor Douglas Oldegardo foi 'forçado' pelos médicos a parar. A previsão de retorno é só para novembro.
Miss merenda - O sábado foi intenso para as merendeiras das escolas municipais de Campo Grande. Festa organizada pela prefeitura teve sorteios, jantar, revelação da vencedora do concurso de melhor receita e até a escolha da Miss Merendeira. Cerca de 500 pessoas estiveram no evento realizado na Associação Nipo Brasileira, inclusive, o prefeito Marquinhos Trad.
Troféus - O "Arroz Colorido Suíno", da Patrícia Paes Cesar, cozinheira na Reme há seis anos, venceu como melhor receita. Ela trabalha na Escola de Tempo Integral Iracema Maria Vicente. Já o título de Miss Merendeira ficou com Nilzabete Moreira, da EMEI Maria Cristina Ocáriz de Barros.
Contrariado – O prefeito Marquinhos Trad ficou contrariado com a derrubada do veto pelos vereadores do um dos artigos do Proinc (Programa de Inclusão Profissional), que proibia a divulgação dos nomes dos participantes. “Muitas pessoas se sentem constrangidas de estarem no Proinc. Elas recebem um salário mínimo e todos os nomes são divulgados”, justificou. Segundo ele, há casos até de gente com curso superior que, por não achar emprego, precisou ser incluído no programa.