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Por quais motivos juíza não perdoou fiança milionária

Waldemar Gonçalves | 17/05/2017 06:00

Sem sentido – Para a juíza federal Monique Marchioli Leite, é sem sentido o argumento de que, com bens bloqueados, o ex-governador André Puccinelli (PMDB) não tem como pagar fiança de R$ 1 milhão, imposta por ela, dentro da Operação Lama Asfáltica. O peemedebista tem até o dia 22 para fazer o pagamento.

Com terceiros – Conforme a magistrada, a investigação contra André apura exatamente o fato de usar o nome de terceiros para “esconder os valores recebidos ilicitamente”. Ou seja, ter bens em seu nome bloqueados não quer dizer que é impossível pagar a fiança, conclui ela.

Para que gestor? – Ao pedir à juíza para rever a cobrança, a defesa de Puccinelli também pediu que ela permitisse o contato dele com Rodrigo Aquino, procurador e gestor de negócios do ex-governador. Sobre isso, a juíza analisa que “só reforça a possibilidade” de o peemedebista ter condições de pagar a fiança. “Se todos os bens estão bloqueados, para que a necessidade de um gestor?”, indaga a magistrada.

Ainda a saúde – Ontem foi a vez de os vereadores colocarem o dedo na ferida do “caos” na saúde de Campo Grande. Quem levantou o assunto foi o vereador André Salineiro (PSDB) ao sugerir a retomada do terceiro turno até às 21h nos postos de saúde do município.

Posto não é banco – O parlamentar tucano mandou solicitação à Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) pedindo que avaliassem o retorno do expediente noturno para beneficiar quem não pode buscar assistência em horário comercial. “Os postos estão funcionando como se fossem cartórios, bancos ou outros serviços comuns e não pode ser assim”, declarou.

Atende as necessidades – Em resposta, a secretaria informou que, atualmente, a capacidade instalada atendia as necessidades básicas da população, segundo Salineiro. “Não podemos nos conformar com a situação como está. O papel do vereador é também sugerir ações que o Executivo possa fazer, já que somos os representantes do povo”, disse, contrariado.

PIB na contramão – Enquanto o PIB nacional encolheu 3,26%, o de Mato Grosso do Sul avançou 4,96%, lembrou ontem o governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), elogiando os números estaduais. Agora, estados e prefeituras aguardam o fortalecimento e manutenção da economia nacional, para que o restante da federação comece a recuperar condições de investimentos nas áreas essenciais, pontua o tucano.

Nova Caravana – Reinaldo, que participou de agenda pública no Hospital de câncer de Campo Grande, ontem pela manhã, também adiantou que faltam alguns detalhes para o lançamento da nova Caravana da Saúde. Segundo o governador, estão sendo definidas melhorias no modelo do projeto este ano e que especialidades estarão disponíveis.

Harmonia – Afirmando que a preocupação atual é com a cidade, o prefeito, Marquinhos Trad (PSD), disse “estar feliz” pelo diálogo com o governador, quando questionado sobre apoio na eleição de 2018, em uma eventual tentativa de reeleição. A harmonia que existe, segundo ele, é “muito boa e deve perdurar”.

Duro – Para a Uber, o decreto municipal que regulamenta o serviço de carona paga, por meio de aplicativos, é o mais duro do Brasil. Quem disse isso foi o vereador Vinicius Siqueira (DEM), integrante da comissão criada para discutir a regulamentação na Câmara. A opinião é de que o novo decreto cria muitas dificuldades.

(com Anahi Zurutuza, Leonardo Rocha, Lucas Junot e Richelieu de Carlo)

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