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Jogo Aberto

Prefeito quer 'exemplos do Primeiro Mundo' regrando Uber

Waldemar Gonçalves | 09/03/2017 06:00

Sociedade – Carla Stephanini, subsecretária de Políticas para as Mulheres, foi enfática em seu discurso durante ato alusivo ao Dia da Mulher, ontem, na Casa da Mulher Brasileira, em Campo Grande. “Que sociedade é essa que coloca em liberdade um homem que jogou uma vítima aos cachorros, está sendo assediado por sete times, dois da 1º divisão, e as pessoas ainda tiram selfie?”, questionou, em referência ao goleiro Bruno Fernandes, condenado pelo assassinato de Eliza Samudio.

Visibilidade – Para a vice-prefeita, Adriane Lopes (PEN), presente no evento na Casa da Mulher Brasileira, não são necessárias novas políticas públicas, pois as que já existem são suficientes. O que falta, na verdade, é que elas sejam exercidas de forma correta e que as mulheres tenham mais visibilidade para que sejam reconhecidas em seu papel de protagonistas.

Educação – A juíza Jacqueline Machado, titular da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, demonstrou sua aversão à cultura machista exemplificada pelo ditado: “Quem tem suas cabras, que as prenda, porque os meus bodes estão soltos”. Para ela, a mães devem educar seus filhos destacando o respeito ao sexo oposto.

Bode bem educado – Último a falar, o prefeito, Marquinhos Trad (PSD), emocionado, homenageou a mãe, Therezinha Mandetta Trad, “que fez três bodes respeitarem e não negligenciar os direitos do homem para com a mulher e da mulher para com o homem”. Fazendo isso “sem holofotes”, ao contrário dos filhos, que seguiram carreira política.

Entre elas – Em momento de descontração com o público, Marquinhos salientou a importância da presença feminina na sua casa e porque não poderia agir de forma diferente: “Não dá para viver sem elas, eu não consigo viver sem elas. Por isso, Deus me deu quatro filhas e uma neta”.

Caronas pagas – Após o evento, o chefe do Executivo falou sobre o decreto que suspende as regras de regulamentação das caronas remuneradas de empresas como a Uber. “Meu objetivo foi atingido, era começar essa discussão. Eu tirei do discurso e transformei em ação”, defendeu-se.

De Primeiro Mundo – Trad diz que vai aproveitar os debates sobre o assunto e buscar exemplos em outros lugares, “até mesmo em países de Primeiro Mundo”, para aperfeiçoar o decreto e fazer a melhor regulamentação do País”.

Depois da reforma – A escolha de um interlocutor do Governo do Estado para projetos de leis na Assembleia Legislativa ficará mesmo para depois da aprovação completa da reforma. Segundo o secretário de Governo, Eduardo Riedel, somente depois que o Executivo avançará na discussão.

Jogada política – Délia Razuk (PR) pode enfraquecer a oposição na Câmara Municipal de Dourados e, ao mesmo tempo, fortalecer sua tropa de choque. O vereador Idenor Machado (DEM) confirmou ao Campo Grande News que foi consultado para ser secretário de Educação na atual administração.

Virando o jogo – Ele já ocupou a pasta por 16 anos, nas décadas de 80 e 90. Se Idenor aceitar o convite, assume o primeiro suplente da coligação, Maurício Lemes Soares (PSB), apadrinhado político de Délia Razuk e atual assessor da prefeita. Atualmente Délia tem o apoio de nove vereadores. A oposição conta com 10. Se Idenor for para a Educação, ela vira o jogo para 10 a 9.

(com Helio de Freitas, Mayara Bueno e Richelieu de Carlo)

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