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Reviva Centro esbarra na falta de compromisso da prefeitura

Waldemar Gonçalves | 01/12/2016 06:00

Tamanho do facão – O Governo do Estado já anunciou que precisará conter despesas e, mesmo que não seja em massa, demitir funcionários comissionados para poder atravessar o período de crise. A tendência é que o pessimismo na economia permaneça em 2017. O tamanho do facão é que ainda não está definido.

Sugestão – O secretário de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, pediu apoio dos demais poderes para economizar dinheiro público. Instituições como Assembleia Legislativa e Tribunal de Justiça, que recebem duodécimo do Executivo, poderiam devolver o montante economizado aos cofres públicos estaduais, a exemplo do que já tem feito a casa de leis.

Milhões devolvidos – O deputado estadual Pedro Kemp (PT) lembrou desta devolução ontem, quando Riedel foi até a casa detalhar aos parlamentares o projeto de Orçamento do Estado para 2017. São R$ 2 milhões do duodécimo da casa que voltam para o governo, dando exemplo de economia de custos, disse o petista.

Milhões entrando – O portal da transparência da Assembleia Legislativa, no entanto, mostra que a economia não significa menos dinheiro na casa. O duodécimo de janeiro deste ano, por exemplo, foi de R$ 17,1 milhões. Em setembro chegou a R$ 22.5 milhões.

Esperança e descrédito – Uma mistura de esperança e descrédito é como pode ser definida a expectativa de setores do comércio quanto ao projeto Reviva Centro, que, como indica o próprio nome, promete uma cara nova à região central de Campo Grande. "Não sou contra. Conversei recentemente com o futuro prefeito e ele garantiu que vai ressuscitar isso aí, coisa que eu duvido”, puxou a orelha de políticos ontem o presidente da Fecomércio, Edison Araújo.

Falta de continuidade – Segundo o dirigente, a razão do descrédito com a classe política está na falta de continuidade em relação à proposta. “O que me preocupa é que o Poder Público não tem responsabilidade nenhuma, começa a obra e para, um dia porque acaba mercadoria, outra porque não paga fornecedor. Aí acaba igual a Júlio de Castilho. Isso me preocupa".

Em dólares – A Prefeitura tem autorização e já encaminhado empréstimo de US$ 64 milhões, e valores corrigidos, para o Reviva Centro. A última promessa, já neste fim de ano, é de que o dinheiro seja liberado ainda no primeiro semestre de 2017.

Recurso negado – Se depender do juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, o vereador Paulo Siufi (PMDB) terá de indenizar o município em R$ 1,09 milhão por receber por plantões que não fez, além de ficar inelegível. O vereador havia recorrido da sentença do magistrado em ação de improbidade administrativa, mas Gomes Filho manteve a decisão.

Mesmo jeito – Próximo do fim do prazo acordado pela própria Câmara Municipal de Campo Grande com o Ministério Público Estadual, o parlamento ainda não lançou licitação relacionada ao concurso público. Segundo o presidente, o vereador João Rocha (PSDB), ainda está em análise contratação de quem fará o plano de cargos e carreira da casa, o que é a fase anterior a contrato com empresa para fazer o concurso em si.

Até fevereiro – Segundo o acordo firmado, a Câmara tem até meados de fevereiro para lançar o edital. O prazo foi contado a partir do fim do período eleitoral, encerrado em outubro.

(com Leonardo Rocha, Elci Holsback e Mayara Bueno)

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