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Jogo Aberto

Um novo roteiro para Delcídio do Amaral

Marta Ferreira | 17/07/2018 06:00

Plot twist – Há quem veja nos meios políticos do Estado que Delcídio do Amaral, de persona non grata, chega ao processo eleitoral deste ano como trunfo na disputa por mandatos. Seria, na linguagem de cinema, uma reviravolta na trama. Isso, claro, se reverter a decisão do Senado que, além de lhe tirar o mandato, também suspendeu os direitos políticos por oito anos.

Tentativa a caminho - A denúncia que sustentou a cassação foi derrubada na Justiça, na semana passada, na mesma decisão que inocentou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Delcídio já anunciou que vai trabalhar para rever o mandato cassado.

Nova roupagem – De petista de projeção a expulso pelo partido diante da delação premiada na Operação Lava Jato, Delcídio é visto como um “anti-Lula”, por conta do teor das acusações que fez contra o ex-presidente. Agora, tentam colar nele a pecha de “injustiçado” em razão da cassação. Uma combinação que, comenta-se, agradaria o eleitor mais conservador em MS.

Obrigada – O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) voltou a elogiar a Assembleia Legislativa, depois do fim do semestre, com a aprovação em peso dos projetos do Executivo. Disse, durante o programa de rádio “Capital Meio Dia”, que é “muito grato” aos parlamentares por avançarem com a pauta, sem a travar, mesmo quando o assunto não é popular.

Alerta 1 – Reinaldo também aproveitou para reforçar o discurso de que apenas criminalizar a política não trará frutos. Para ele, a população está descontente e desanimada para as eleições, mas alertou que é preciso “separar o joio do trigo”, para que os bons políticos continuem na ativa.

Alerta 2 - “Não adianta também escolher salvadores da pátria, porque política não tem milagre e sim muito trabalho e planejamento”, afirmou Reinaldo, num claro recado aos “não políticos” que estão surgindo de monte na onda do desânimo da população com a classe.

Minoria – Durante formatura de cabos da Polícia Militar foi a vez do governador criticar o que, segundo ele, são minorias que buscam minar a imagem da corporação. Segundo ele, a atuação das corregedorias têm surtido efeito para afastar os “maus policiais”.

Palanque, não – Durante o evento, chamou a atenção a ausência no palanque de autoridades que, normalmente, ficam no lugar reservado a quem tem cargo eletivo. Eleito vereador com bandeiras na área da segurança, o delegado Wellington Oliveira (PSDB) por exemplo, estava junto do restante do público. O veto é da legislação eleitoral e começou a vigorar na semana passada.

Saída em breve – Prestes a sair do governo para coordenar a campanha de Reinaldo Azambuja em Campo Grande, o secretário de Estado de Administração e Desburocratização, já tem substituto definido. A solução será caseira, com o secretário-adjunto, Édio de Souza Viegas, assumindo a função.

Rotina difícil - Ao comentar a saída, Assis comentou que está cada dia mais dificil conciliar as agendas políticas com as de governo. Lembrou, também, que o afastamento é preciso justamente para cumprir o que determina a lei.

(Com Humberto Marques, Leonardo Rocha e Kleber Clajus)

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