Bióloga usa resina e transforma até cordão umbilical em arte
Criatividade não falta e Vanessa que já fez brincos, espelho místico e seguradores de página
Em busca de renda extra, Vanessa Torres resolveu transformar resina em arte e suas peças têm chamando atenção nas redes sociais. Charmosas e cheias de gliter, a bióloga de 25 anos já fez marca página transparente com flores e borboleta e até mesmo uma bandeja multifuncional que serve tanto para colocar as chaves de casa como também para decorar o ambiente.
Em suas mãos tudo ganha vida e até um cordão umbilical virou um pingente de colar afetivo, cheio de amor e lembranças que marcaram a vida de uma das suas clientes,
“Ao longo dos anos sempre empreendi, já mexi com outras coisas voltadas ao artesanato. A ideia de mexer com resina foi porque vi lojas crescendo nesse ramo, achei interessante e é uma coisa legal de trabalhar, por isso trouxe a proposta para Campo Grande através e uma loja virtual”, explica Vanessa sobre o pontapé inicial.
Ela é mestranda do programa de pós graduação de Biologia Vegetal da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), onde é bolsista. Há algum tempo pensou em como poderia fazer para ter uma renda extra e a partir dai, surgiu a ideia de mexer com resina. “Comecei a ver vídeos no Youtube e me virei”, conta.
Logo encomendou vários moldes, que costumam ser importados de outros países, para criar peças em diferentes formatos. Outro desafio é a resina que só encontra em São Paulo e desde o início do ano teve aumento no preço.
“Não achei em Campo Grande, então encomendo de lá. No começo custava R$ 180,00 o litro, agora é R$ 400,00. Geralmente compro três litros da resina liquida”, relata. Após conseguir os moldes e a matéria prima, Vanessa perambulou pelas ruas da Capital em busca de adereços para decorar as peças que pretendia criar.
Com os materiais em casa, ela colocou a mão na massa e em janeiro deste ano criou as cinco primeiras peças. “Foram chaveiros e letras do alfabeto. Desses, apenas dois não prestaram”. Não demorou muito e Vanessa abriu a loja virtual “Resinas Tropicaliê” pelo Instagram, onde posta fotos dos trabalhos.
As imagens chamam atenção pela criatividade e delicadeza, que mesmo cheias de brilho ainda dão um “up” em qualquer lugar da casa. “Amo gliter, pois dá aquela animada [no ambiente]”.
Desde que começou já fez porta celular, soco inglês, pente com flores, chaveiro no formato de patinha e carinha de animais e até mesmo com a imagem do baby Yoda para os fanáticos da saga Star Wars. Para quem gosta de animação teve cinzeiro com tema “A Viagem de Chihiro”.
Além disso também tem a coleção “gliter”, com um espelho de mão, chaveiro de gatinho e cinzeiro todos na cor rosa. Na parte de papelaria tem marca páginas personalizado, seguradores de página que facilitam na hora de ler livros e brincos criativos. “Temos produtos para decoração, tabacaria, papelaria. Costumo fazer sob encomenda, mas às vezes tenho peças a pronta entrega”.
Criação – Mas se engana quem acha que é fácil trabalhar com esse tipo de produto. Isso porque o processo de criação é demorado, entre um a dois dias, e exige cuidado já que a resina em contato com outros materiais se torna tóxica.
“Na fase da cura, que é o processo de solidificação, a resina é tóxica. Quando a mistura com outro produto, começa endurecer e aí inicia o processo químico de esquentar, secar e solidificar. As primeiras 12h dessa etapa são mais tóxicas, por isso tem que trabalhar em uma área onde você não dorme e tem pouco contato”.
Durante o manuseio e criação das peças, Vanessa usa uma máscara de proteção com dois filtros. “Tem que ter cuidado, mas depois que seca, já não tem mais risco”.
Para ajudar quem quer trabalhar com esse tipo de produto, ela dá cursos de como manusear a resina.
Serviços - Encomendas das peças podem ser feitas pelo @resina_tropicalie
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