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Artes

Filme de MS é o único brasileiro selecionado em festival da Holanda

"Madalena" é o único filme brasileiro selecionado em um dos mais importantes festivais de cinema da Europa

Thailla Torres | 22/12/2020 13:11
A atriz sul-mato-grossense Pâmella Yule interpréta uma das protagonistas, a personagem Bianca (Foto: Reprodução)
A atriz sul-mato-grossense Pâmella Yule interpréta uma das protagonistas, a personagem Bianca (Foto: Reprodução)

"Madalena", um filme sul-mato-grossense de suspense, foi anunciado como o único filme brasileiro para a competição oficial de longa-metragem do Festival de Cinema de Roterdã 2021. Ficção marca a estreia do diretor mato-grossense Madiano Marcheti em longas-metragens.

O evento acontece em duas etapas, entre 1º e 7 de fevereiro e 2 e 6 de junho de 2021, em formato híbrido – presencial e on-line. Clélia Bessa, Joel Pizzini, Sérgio Pedrosa, Marcos Pieri, Beatriz Martins são os produtores do longa, que será distribuído no Brasil pela Vitrine Filmes. A produção é da PóloFilme e da Raccord, em coprodução com Vira Lata e Terceira Margem.

“Madalena” põe a diversidade como resistência, que tenta superar o medo e transformá-lo em afeto que o mundo necessita. Um longa-metragem de suspense, com maioria dos atores sul-mato-grossenses e que foi gravado em Dourados.

O filme tem como ponto de partida o corpo de Madalena, encontrado em uma plantação de soja. Na sequência a trama acompanha a história de três jovens – Luziane (Natália Mazarim), Bianca (Pamella Yule) e Cristiano (Rafael de Bona) – que vivem contextos diferentes em uma mesma cidade. Embora não se conheçam, o espírito de Madalena que esvoaça sobre o local torna-se um elo entre eles. O longa denuncia a violência constante do país que mais mata a população LGBTQIA+.

“Estou extremamente feliz e honrado pela oportunidade de estrear meu primeiro longa-metragem em um festival da envergadura do Festival de Roterdã. Nós cineastas brasileiros enfrentamos muitas dificuldades para fazer com que nossos filmes cheguem às telas, sobretudo no momento atual que é particularmente sombrio no que diz respeito ao setor da cultura", diz o diretor.

Madiano agradece a a chance de levar mais um filme brasileiro para uma janela internacional de cinema tão prestigiada, principalmente um filme do Centro-Oeste brasileiro que procura levantar discussões que ele considera importantes e urgentes, “como meio ambiente e direitos humanos”, acrescenta.

O filme também foi o único representante do Brasil no Festival de San Sebastian, na Espanha, na categoria "Working in Progress", no ano de 2019.

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