Filme que corumbaenses enganam amigo concorre a melhor do mundo
Na premiação sobre turismo, viagem às terras lusitanas já era para gravar o curta, mas Buba não esperava que seria o “ator” da vez
Alcides “Buba” foi super enganado pela dupla de amigos Marco e Bruno, mas por uma boa causa. “Ele até se emocionou quando descobriu tudo”. O curta “Living it together" (aportuguesado para “O Filme do Buba”) foi gravado em 2019 na cidade lusitana de Torres Vedras, pertinho da capital Lisboa. Agora, o filme produzido pelos corumbaenses concorre a prêmio internacional como "Melhor Filme de Turismo do Mundo".
“Ele não sabia de nada mesmo! Tive que escrever dois roteiros, um só pra ele e outro para a equipe toda, e com muito papo consegui ir escondendo a farsa. Ele é criança, pai e avô, tudo ao mesmo tempo. É uma pessoa iluminada, que ficou perfeito para ser nosso personagem principal”, explica Marco Calábria, que junto à Bruno Nishino fazem parte da Eureka Filmes, produtora audiovisual na Cidade Branca.
Mas como que todo mundo foi parar nessa viagem? A resposta veio de um convite de participação do próprio festival. Junto ao sócio Bruno, o produtor Marcão já conhecia o baiano Buba de longa data. O grande amigo, que mora atualmente em Belo Horizonte, recebeu o chamado pela dupla de corumbaenses para integrar o time, assim como o mineiro Leandro Miranda, diretor de fotografia.
Com todo mundo inscrito, os quatro "cinéfilos" cruzaram o Atlântico em uma aventura que foi muito mais que trabalho.
“Buba nunca tinha ido a Europa. Tive que ‘buscá-lo’ em BH, e juntos fomos para a Croácia primeiro, tudo parte do plano. Já em Portugal, nós 4 juntamos personalidades muito diferente um do outro, mas a amizade só fluiu bem. Foi muito mais diversão do que um trampo, e são poucos os momentos disso na vida”, reflete.
Segundo Marco, ralaram pra caramba. Parte do regulamento do Festival Internacional de Cinema de Turismo de Terras Vedras, foram 4 dias de gravação ininterruptas, e o 5º serviu apenas para montagem e edição do material – em estilo bem cinematográfico, com drone e tudo.
Mesmo varando a noite para terminar o trabalho – sem o Buba, claro –, a experiência foi recompensadora. O amigo só descobrir a farsa no dia seguinte.
“Quando viu a exibição, ficou sem palavras, não imaginava mesmo. Teve que subir ao palco, mas nem conseguiu articular as palavras”, relembra Marcão.
Não é a primeira vez que os produtores de Corumbá participam de festivais como esse último, digamos, com toda a execução feita “no batidão”. A premiação de agora, a portuguesa Cliff, é uma importante porta para o mercado internacional, afinal, além de ser mundial esse circuito integra vários outros filmes sobre turismo de mais 20 países.
Participe da votação on-line, pelo site oficial do festival. Até última apuração, o curta "Living it together" já está em segundo lugar no páreo. Na torcida!
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