1ª feira de produtos regionais causou alegria em quem via bosque vazio
No Oliveira II, Bosque Camburé reuniu cultura, artesanato e gastronomia com diversidade de opções
Gastronomia, artesanato, brechós, livraria itinerante, plantas, cachaça artesanal e objetos decorativos. No Bairro Oliveira II, a Feirinha Bosque Camburé reuniu um pouco de tudo para dar boas vindas a vizinhança e aqueles que vieram de longe para prestigiar a primeira edição da feira.
Antes de servir de ponto de encontro para mais de 100 expositores, o Bosque Camburé era um local sem vida, abandonado e fonte de reclamações dos moradores. Nos últimos quatro anos, o lugar passou por uma transformação após a iniciativa de Édio Guimarães, que teve a história contada pelo Lado B em outra reportagem.
A feira, que foi realizada na noite de sábado (08), trouxe variedade de produtos. Do setor da gastronomia tiveram feirantes vendendo pastel, saltenha, pipoca gourmet, embutidos, bolos, copo da felicidade, cachorro-quente e geladinho gourmet.
Márcia Ivoni, de 46 anos, foi quem fez a alegria da galera vendendo geladinho e água de coco. Os produtos têm preços de R$ 3 a R$ 6 e as sobremesas carro-chefe são ninho com nutella e morango com nutella.
Ela começou a fazer geladinho gourmet há 1 ano e fala sobre a importância das feiras para o empreendedor. “O pessoal tá precisando trabalhar, mostrar o serviço que faz e isso é bom porque ajuda as pessoas também”, afirma.
Para quem gosta de decoração e plantas, Viviane Ojeda Gomes, de 40 anos, uniu ambas as coisas no trabalho que produz em casa. Os vasos de suculentas e cactos trazem enfeites, pedras coloridas e figuras que embelezam ainda mais as plantas.
Reaproveitando madeiras e garrafas, Viviane comenta que os vasos apresentam temáticas variadas. “Todos tem algum tema, são personalizados, trabalhamos com terrários fechados também. Tem jardim de fada, mini jardim, todos tem um tema e contém madeira. começou como hobby, brincadeira e um gosto por arte. O pessoal gosta bastante porque é muito visual”, fala.
Outra pessoa que apostou no trabalho feito à mão é a artista plástica Andrea Arce, de 49 anos. Ao lado do marido, Everton Leite Ferreira, de 39 anos, ela criou o projeto Pão e Arte. Andre cria camisetas pintadas à mão fazendo a releitura de obras como ‘Mona Lisa’, ‘O Grito’, ‘Uirapuru’.
O projeto, segundo ela, é uma mescla das habilidades do casal. “Eu faço a parte das estamparias fazendo a junção da história da arte inspirada na temática do pão e café. A gente juntou as duas ideias porque eu sou artista plástica e ele artesão do pão”, diz.
Os pães feitos por Everton são recheados com presunto e queijo, ervas na manteiga, torresmo, calabresa e açafrão, alho poró e linguiça. Tem também pão integral, pão integral zero lactose e pão tradicional.
Para quem gosta de brechó e ‘garimpar’ roupas por um preço acessível, a feira trouxe mais de uma opção de brechó. Entre eles o Hyppye183, que teve a história contada pelo Lado B, em 2022.
O proprietário e brechozeiro Ygor Matos, de 38 anos, participou da primeira edição com a expectativa de retornar outras vezes. “A organização tá muito boa, tá rolando mesmo e da próxima vez aqui vai estar asfaltado, então eu acho que vai ficar bem mais bacana. É incrível. No meio do Oliveira não iria ter nada e de repente virou uma exposição, é muito bom e tem que ter mais iniciativas como essa”, destaca.
Moradora do bairro, Vânia Valquira Destefani, de 51 anos, aproveitou para conferir a primeira feira no lugar que antes era ocupado por lixo e sem vida. Ela comenta que o sentimento é de alegria em ver o lugar sendo usado para a feira e que o bosque ainda tem muito a oferecer para a cidade.
“Isso aqui mudou o contexto da região, eu to muito feliz por conta dessa interação que a gente não tinha. Eu morava em outra rua, mudei para essa e parece que mudei de cidade porque não tem esse movimento de gente aqui. É muito legal, esse bosque vai ser algo pra cidade, futuramente será um point muito legal”, afirma.
Além dos moradores, a feira recebeu quem veio de longe para prestigiar o trabalho dos campo-grandenses. Ricardo Alves Araújo, de 25 anos, mora em São José dos Campos (SP) e diz ter ficado impressionado com a quantidade de produtos regionais.
“Eu achei bacana que tem bastante coisa diferente, maior galera e isso é bem legal. Tem os produtos regionais, a galera vendendo comida, vendendo arte daqui. Essas coisas não tem pra lá. Tem feiras culturais, mas é outra pegada”, conta.
Quem quiser acompanhar os próximos eventos do lugar, o perfil no Instagram é @bosquecambure
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