Advogados já tentaram de tudo, mas não escapam de “ladrão de marmita”
O escritório de advocacia usou várias estratégias, mesmo assim furtos continuam acontecendo na hora do almoço
Nem mesmo escritório de advocacia tem escapado de “ladrão de marmita”, no Bairro Jardim dos Estados, em Campo Grande. No início, um único funcionário era escolhido para ter a carne do almoço furtada diariamente, mas com o passar do tempo o autor dos furtos começou a levar a refeição completa.
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Funcionários de um escritório de advocacia em Campo Grande estão sendo vítimas de um "ladrão de marmitas", que vem roubando seus almoços diariamente. A situação já se tornou recorrente, com a empresa tentando diversas medidas para impedir os furtos, incluindo a instalação de câmeras, mas o ladrão continua agindo. As vítimas relatam a indignação com a situação, e alguns funcionários, com medo de terem seus almoços roubados, têm deixado de armazenar suas marmitas na geladeira do escritório, optando por guardá-las consigo ou em seus armários. O problema é agravado pelo espaço apertado do refeitório, que dificulta a identificação dos itens furtados.
De acordo com funcionários, a empresa já tentou de tudo, mas nada resolveu, inclusive se repetiu nesta segunda-feira (28). O escritório chegou a instalar câmeras de segurança em frente às geladeiras onde os alimentos eram guardados. Porém, nem mesmo as câmeras intimidaram o ladrão.
Ficou difícil "flagrar o ladrão", porque a maioria das marmitas têm a mesma cor branca e dividem espaço apertado na geladeira. "O espaço apertado no refeitório também prejudica a identificação de um furto, pois tudo fica junto no mesmo local".
Em grupo de WhatsApp dos funcionários, as vítimas do “ladrão de marmitas” expõem a sua indignação. “Está muito feio isso. Essa semana já foram duas minhas”, diz uma das mensagens. “Roubaram o meu limão, gente em qualquer quintal abandonado vc acha um limão [sic]”, diz em outra.
Uma funcionária do local, de 42 anos, que pediu para não ser identificada, relata que desde que entrou na empresa os furtos vêm ocorrendo todos os dias. A mulher ainda relata que, apenas com ela, o problema se repetiu duas vezes.
“A primeira levaram minha marmita que trago de casa, uma marmita de vidro, levaram tudo, aí fui lá e comprei outra. Na segunda vez tinha trazido de almoço arroz, feijão e carne moída, pegaram na geladeira, abriram minha marmita e roubaram só a carne moída, não era um bife suculento ou um frango assado, era carne moída”, contou.
Depois do furto, o problema foi denunciado ao RH da empresa e posteriormente exposto no grupo de Whats. “Eu fui atrás para saber, eles disseram que não podiam me falar por ética da empresa.... e a ética das marmiteiras fica onde? Eu meti a boca em um grupo que temos aqui, falei que se a pessoa estivesse passando fome podia falar comigo que daria uma cesta básica, menina foi um furdunço”, relembra.
Para evitar que sua marmita fosse furtada novamente, a funcionária conta que não deixa mais na geladeira da empresa. “Hoje lembro e dou risada, mas no dia fiquei muito nervosa com a situação. Até hoje eu fico indignada”.
Ainda é relatado que, após um dos furtos, o restaurante chegou até enviar, de graça, outra marmita para a vítima.
Outro funcionário, de 33 anos, relata que em nova tentativa de solucionar o problema, os entregadores do restaurante foram impedidos de realizar a entrega dentro do prédio, como forma de garantir que o dono da comida fosse o único a pegar a encomenda.
Mesmo a entrega sendo realizada “cara a cara”, outra marmita foi furtada nesta manhã. O entregador chegou, uma pessoa apareceu e levou a comida do colega.
Com receio de ter o almoço furtado, outro funcionário tem se precavido para que o mesmo não ocorra com ele. "Busco a marmita assim que o entregador chega e prefiro deixar trancada no armário ou comigo no ambiente de trabalho do que deixar nas geladeiras", conta.
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