Aos 7 anos, Adriana pede ajuda para encontrar aparelho e voltar a ouvir
Adriana nasceu com surdez profunda e fez implante coclear. Mas, há quatro dias, perdeu aparelho e não consegue mais ouvir
A sorridente Adriana Ribeiro Miller nasceu com surdez profunda e, há dois anos, fez uma cirurgia para colocar um dispositivo eletrônico nos dois ouvidos para poder escutar sons. A operação é conhecida como implante coclear. O problema é que, há quatro dias, a menina que mora no Jardim Presidente, em Campo Grande, perdeu um dos aparelhos que fica do lado de fora do ouvido e que permite que ela escute. Cada sensor externo custou mais de R$ 31 mil. Agora, ela e o pai fazem campanha nas redes sociais para encontrar o aparelhinho perdido na rua.
O pai, Márcio Souza Ribeiro, de 48 anos, lançou na internet uma foto da filha segurando um cartaz escrito “Procura-se” para tentar encontrar o aparelho auditivo da cor grafite (ou cinza escuro), da marca Med-el, que ele acredita ter caído na região do Jardim Presidente ou Jardim Seminário, próximo a Rua João Pinto Filho.
“Nós estávamos de moto quando eu parei e perguntei onde estava o aparelhinho dela, ela disse que não sabia e acredita que caiu na rua, mas ela não percebeu. Então passamos a procurar, refizemos o caminho, mas não o encontramos. Estou torcendo para que alguém encontre e nos devolva. É muito importante pra ela”, afirma o pai.
O aparelho perdido é o que fica no ouvido direito, o que fica no lado esquerdo está na assistência técnica em São Paulo por causa de um defeito, ou seja, há quatro dias Adriana não consegue ouvir qualquer som, o que tem dificultado a comunicação dela com a família, especialmente com o pai, que ainda não sabe Libras (Língua Brasileira de Sinais).
“Quem sabia bastante era a mãe dela, eu não sei. Hoje a gente conversa por mímica ou ela me mostra tudo o que quer”, explica o mecânico que agora se dedica aos cuidados com a filha, depois que a mãe de Adriana faleceu, em agosto de 2019, vítima de um acidente de trânsito.
Os aparelhos auditivos são importantes para o desenvolvimento de Adriana, que é atendida pela equipe de fonoaudiologia da Funcraf de Campo Grande. “Ela ainda não fala, mas com os atendimentos e com o aparelho, ela vai desenvolver muito mais. Por isso é tão importante pra mim encontrar esse aparelho. Minha filha precisa voltar a ouvir”, diz.
Adriana nasceu com surdez profunda bilateral, ou seja, perda auditiva em ambos os ouvidos. O diagnóstico só veio aos três anos. “Levamos ela em um médico da universidade e ele nos disse que ela não ouvia, a gente achava que ela ouvia porque ela escutava barulho de moto e trovão, mas o médico explicou que ela só sentia vibração”, conta Márcio.
Apesar do diagnóstico aos três anos e uma cirurgia recente, nada abala o sorriso da menininha que adora ir nas sessões com a fonoaudióloga e está cheia de saudade da escola. “Agora nesse período de pandemia eu quem cuido dela e tenho feito o possível para que ela desenvolva a fala, às vezes, eu não entendo muito, mas quero lutar pra que ela cresça e seja uma mulher feliz. Minha filha merece”.
Quem soube do paradeiro do aparelho auditivo de Adriana, pode entrar em contato com Márcio pelo celular (67) 99840-6126.
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