Aos 98 anos, fundador do Thomaz Lanches morre em Campo Grande

O dono do tradicional Thomaz Lanches, José Thomaz, morreu aos 98 anos, na manhã desta segunda-feira (11), às 5h. Segundo José Thomaz Filho, o Zezo, o patriarca da família já estava debilitado há 7 anos e morreu em casa, ao lado da família. Devido ao acontecimento, os estabelecimentos não irão abrir as portas hoje.

“Ele já era acamado. Ele já estava debilitado, faleceu em casa, junto com a família. Todos estavam ali, filhos, bisnetos e netos. Ontem, ele não passou muito bem e acabou falecendo na madrugada. O maior legado que ele deixa é a honestidade, o carinho com as pessoas, o respeito, tudo que a gente tem foi fruto do comportamento dele”, lamentou.

Outro filho, Ricardo Thomaz lembra que o pai deixa como legado o respeito ao próximo. “Respeito que ele sempre teve com o ser humano, honestidade, humildade que ele sempre pediu para ter. União da família que eu acho que é mais importante de tudo”.

O estabelecimento abriu as portas na Rua Sete de Setembro em 1978, com salgados feitos a partir de receitas originais da família. Além do sabor, outra característica inconfundível do lugar é a confiança no cliente. Até hoje, quem consome no local não tem os pedidos anotados.

Os negócios são administrados por dois dos seis filhos, José Thomaz Filho e Ricardo Thomaz, e até já conta com uma segunda unidade, na Avenida Bom Pastor.

Em 2018, em votação realizada pelo Campo Grande News, a esfiha do Thomaz Lanches foi eleita o salgado mais popular da cidade.

No dia 16 de setembro de 2021, foi lançado o livro “José Thomaz - um Libanês Visionário em Campo Grande”, não teve quem da família que não estivesse emocionado. Na ocasião, as autoras também se emocionaram ao falar sobre todo o processo de pesquisa que resultou no registro da trajetória do imigrante dono da esfirra popular do Centro da cidade. “Gratidão” era a palavra mais utilizada para descrever tudo que envolveu a construção do livro.

Thomaz se despede deixando dez netos, dois bisnetos e seis filhos, Ricardo Thomaz, Marise, Marisete, Miriam, Cristina e José. Ele também deixa a esposa, Marina Mazzine, de 82 anos, que estava ao lado dele há 66 anos.

O velório será no Parque das Primaveras, na Avenida Senador Filinto Muler, 2211 - Jardim Parati, a partir das 11h.

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