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Comportamento

Apaixonado pela Seleção Brasileira, Sergio já até “sentou” na taça de 94

De foto com Zagallo até camisa assinada especialmente para ele por Pelé, as histórias vão longe

Aletheya Alves | 24/11/2022 06:43
Foto com Mário Jorge Lobo Zagalo foi em temporada de pré-Copa do Mundo. (Foto: Arquivo pessoal)
Foto com Mário Jorge Lobo Zagalo foi em temporada de pré-Copa do Mundo. (Foto: Arquivo pessoal)

Já se imaginou viajando em um avião e descobrindo que a caixa em que você resolveu se sentar guardava a taça da Copa do Mundo? Além desta, entre as histórias que Sergio Hidalgo, de 74 anos, já viveu, até perguntar para Dunga sobre como é decidir a competição nos pênaltis já aconteceu.

Antes de se mudar para Campo Grande há mais de 20 anos, Sergio já começava a colecionar os momentos envolvendo a Seleção Brasileira. Agora, com a estreia da equipe na Copa do Mundo no Qatar, as memórias vão sendo aquecidas.

Ainda criança, quando a competição não era televisionada, o gosto pelos jogos teve início com a cobertura sendo acompanhada por uma rádio-vitrola. “Lembro que eu tinha 10 anos e ouvia o jogo lá da Suécia. Continuei acompanhando até que na de 1970 foi televisionada e mudou tudo”, conta.

Apesar de ter começado a acompanhar a Seleção presencialmente com seu irmão após 1975, os registros que guarda até hoje são majoritariamente da década de 1990. Desde o episódio com a taça até fotos com Zagallo e outros membros da Seleção, tudo segue muito fresco na memória de Sergio.

Representando as lembranças que são verdadeiras relíquias, existe até camiseta autografada especialmente para ele por Pelé. "Meu irmão jogou com ele por um tempo no Santos, conhecia e tal. Um dia, o Pelé foi fazer acupuntura em um local que é familiar para nós. Meu filho é um dos donos desse lugar, aí viu o Pelé, arrumou a camisa e já pediu para ele assinar. Até hoje ela fica guardada, nunca nem usei".

Camisa assinada por Pelé especialmente para Sergio. (Foto: Arquivo pessoal)
Camisa assinada por Pelé especialmente para Sergio. (Foto: Arquivo pessoal)
Sergio e o irmão, Capitão Hidalgo, com Vanderlei Luxemburgo e Candinho. (Foto: Arquivo pessoal)
Sergio e o irmão, Capitão Hidalgo, com Vanderlei Luxemburgo e Candinho. (Foto: Arquivo pessoal)

Acreditando ser uma das melhores histórias, ele narra que chegou a carregar a taça de 1994 por completa sorte. “Na Copa de 1994 nos Estados Unidos eu não fui. Um dia, eu estava em Brasília e andando na rua encontrei um cliente meu. Ele estava fazendo algumas visitas para um fundo e pediu ajuda como eu trabalhava no mercado financeiro. Ajudei, deixei ele na reunião e estava indo embora quando ele ofereceu carona no jatinho da empresa”.

Como os dois teriam o mesmo destino, Sergio explica que aceitou a carona e foi aguardar pelo cliente no hangar indicado. “Depois de horas esperando, eu ouço barulho do Corpo de Bombeiros e já comecei a pensar no que tinha dado errado. Quando vi, era uma comitiva com alguns jogadores, o Dunga e o Viola, além do presidente escolhido para comandar a viagem e o presidente da CBF. Todo mundo chegando lá com o Beto, meu cliente”.

Sem entender o que estava acontecendo, ele conta que ficou até confuso, mas quando viu já estava dentro do jatinho com os integrantes da Seleção. No meio da viagem, conforme conversava, ele explica que começou a sentar em cima de uma caixa preta.

“Eles tinham ido mostrar a taça da Copa e em determinado momento sentei nessa caixa preta. Uma hora levantei e o Beto fala assim “cuidado aí porque você está em cima da taça”. Eu achei que fosse brincadeira, mas quando abri vi que era mesmo. No fim da viagem até carreguei ela um ponto”, conta, se divertindo.

Na mesma viagem, Sergio ainda aproveitou para tirar suas dúvidas com Dunga sobre o jogo que deu o título ao Brasil. “Perguntei para ele como era uma final com pênaltis. Ele comentou que, na época, o Taffarel tinha dado dicas sobre o goleiro da outra seleção, mas que esqueceu tudo na hora em que pegou a bola e tomou a decisão na hora”.

Registro com Denilson também foi feito em um dos treinos da Seleção Brasileira. (Foto: Arquivo pessoal)
Registro com Denilson também foi feito em um dos treinos da Seleção Brasileira. (Foto: Arquivo pessoal)

Além da viagem memorável com a taça, Sergio também acumulou foto com integrantes especiais da Seleção Brasileira no decorrer do tempo. Enquanto a maioria foi de momentos rápidos ao lado de campo e entre entrevistas, ele conta que a com Zagallo foi curiosa.

“Antes da Copa de 1998, a Seleção estava em uma excursão de preparação na Coreia em 1997 e eu fui junto com meu irmão. Os técnicos e jogadores estavam dando entrevistas e nós esperamos tudo aquilo finalizar. Acabei indo junto com meu irmão e era aniversário dele, então tirei aquela foto e aconteceu algo curioso”, relembra Sergio.

Sem nunca ter visto Zagallo, ele foi chamado para ganhar um presente. “Ele disse 'é meu aniversário, mas vou te dar um presente'. Então subi com ele no quarto e ele me deu uma camisa igual a que ele estava usando na foto. Foi engraçado”.

Trajeto das histórias

Contando melhor sobre como a maior parte das histórias foi possível, Sergio detalha que a parceria com seu irmão mais velho é o ponto central.

“Desde moleque meu pai incentivava a gente com futebol. Nós éramos em três irmãos e meu irmão mais velho se dedicou a isso, ficou conhecido como Capitão Hidalgo e devo a ele muitas das fotos e histórias que tenho. Meu outro irmão também jogou profissionalmente, já eu sempre gostei, mas preferi fazer outras coisas”, conta Sergio.

Conforme ele relembra, o irmão mais velho precisou parar de jogar profissionalmente muito cedo após algumas cirurgias e deu início a uma equipe de cobertura esportiva. “Ele viajava para fazer essas coberturas e levava a gente. No fim, eu acabava ajudando ele mesmo e por ter o crachá conseguia ter acesso a todos os lugares”.

E, já tendo acompanhado a Seleção por tantos anos, Segio completa que está confiante com a atual competição. “Nós temos uma equipe muito forte, cheia de jogadores que são os grandes destaques. Então avaliando assim estou confiante e, claro, torcendo muito”, completa.

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