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Comportamento

Após 6 transplantes, alegria de mãe foi enxergar os filhos de novo

Diagnosticada com síndrome de Sjögren, ela percorreu um longo caminho até voltar a enxergar

Jéssica Fernandes | 06/04/2022 07:27
Romilda ao lado do médico que integra a equipe de oftalmologia do hospital. (Foto: Assessoria Santa Casa)
Romilda ao lado do médico que integra a equipe de oftalmologia do hospital. (Foto: Assessoria Santa Casa)

Depois de realizar seis transplantes de córneas, Romilda Costa Attene, de 57 anos, só queria voltar a enxergar novamente os filhos e netos, além de retomar as atividades do cotidiano. Diagnosticada com a síndrome de Sjögren, ela percorreu um longo caminho até entender o motivo pelo qual as cirurgias não estavam corrigindo a visão do olho direito e esquerdo.

Foram várias consultas e exames realizados, porém Romilda não compreendia o motivo do seu corpo continuar rejeitando as córneas. “Eu descobri a síndrome depois de fazer três transplantes. Eu tinha mais de quarenta anos, na época, a minha médica pediu para eu procurar um reumatologista para descobrir a causa”, conta.

Embora a síndrome tenha se manifestado somente na fase adulta, Romilda passou por um processo cansativo devido às reações negativas aos transplantes. "Antes, meus olhos eram normais, eu enxergava normal. No último transplante, deu filamento na córnea, tive que fazer outro com urgência, porque deu perfuração. Foram vários transplantes, várias lutas”, explica.

Romilda durante consulta no hospital. (Foto: Assessoria Santa Casa)
Romilda durante consulta no hospital. (Foto: Assessoria Santa Casa)

Após descobrir o que causou esses episódios, ela relata que ficou mais tranquila. “Foi um alívio, pois eu não sabia o porquê do meu organismo rejeitar. Comecei a fazer o tratamento, graças a Deus, consegui controlar e fazer outro transplante. Agora vai dar tudo certo”, comemora.

O motivo da celebração é porque, em março, ela esteve na Santa Casa de Campo Grande. No local, a paciente realizou o último transplante no olho direito e agora, aguarda a avaliação da equipe de oftalmologia na quinta-feira (07). Em relação ao estado de saúde atual, Romilda garante estar bem. “Eu tô enxergando, não sinto dor. Eles (médicos) estão avaliando os colírios que posso usar. Estou voltando à minha vida normal”, afirma.

Quando não estava enxergando, ela conta se sentia mal por não executar as tarefas mais comuns. “Você quer fazer caminhada, fazer tudo, cozinhar e se depara com algo que não pode fazer. É muito triste, é muito difícil e como fiz um transplante em cima de outro, achei que não iria dar certo”, desabafa.

Recomeço - Depois de passagens pelo hospital, ela comemora que teve sorte. “Eu tive uma equipe que cuidou de mim e me ajudou muito. Eles não mediram esforços para estar comigo”, destaca. Em casa, Romilda deixou de lado as preocupações e agora, aproveita o apoio dos familiares. “A felicidade foi de todo mundo. Tudo que queria era nunca deixar de ver o rosto dos meus filhos e netos”, finaliza.

Romilda ao lado de dois dos quatro filhos. (Foto: Arquivo Pessoal)
Romilda ao lado de dois dos quatro filhos. (Foto: Arquivo Pessoal)

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