Após meses sem treta, fim de festa vira pancadaria até da mulherada
Como o ser humano não mudou, os últimos shows mostram que o povo andava com saudade também da "porrada"
Há dois meses, Campo Grande deu fim ao toque de recolher e os eventos voltaram com tudo, especialmente, os shows nacionais. Mas, além da diversão, independente do local ou do valor do ingresso, agora, o que não falta é um fim de semana sem barraco.
Desde que os primeiros eventos liberaram o público para amanhecer na balada sem restrições, começaram também a chegar ao Lado B, diversos vídeos de pancadarias em final de festa.
Aparentemente, não tem hora e nem lugar “certo” para a briga. Quando o álcool sobe, os barraqueiros levantam a mão na rave de granfino, samba de patricinha e bailes funks da periferia.
As últimas imagens do fim de semana provam que a pancadaria não rola solta só entre os homens. A mulherada tem caído no soco sem medo. A violência aumenta com puxão de cabelo, roupa rasgada e até pedaço de porrete na cabeça.
Dos três vídeos enviados ao Lado B, a brigada foi generalizada, mas quem estava no local afirma. “A briga começa entre duas, mas outras vão entrando no meio”, afirma um dos leitores que enviou os vídeos e preferiu não ser identificado.
Segundo um dos produtores de eventos na cidade, as brigas generalizadas se diferenciam entre homens e mulheres. “Quando os caras brigam, existem os grupos que tentam separar para não dar morte. Mas quando é mulher, não tem jeito, uma que não tem nada a ver entra na briga e aquele furdunço começa”, diz, pedindo para não ter o nome revelado.
Na avaliação dele, a mulherada encara mais o braço que os homens. Na hora dos ânimos à flor da pele, sororidade é palavra que não existe. “Eles ainda tentam apartar. Mas olha, 90% das brigas são de mulheres e, infelizmente, elas não têm a cultura de separar não”.
Mas nos 3 vídeos da mulherada, além da pancadaria, os homens filmam, dão risada e também nem se atrevem a separar.
Com inúmeros shows confirmados daqui pra frente, o produtor ainda faz um pedido. “Galera precisa ter cuidado com a pinga. Parece que está todo mundo instigado ao sair depois desses quase dois anos de pandemia”.
Os vídeos chegaram para o Lado B através do Direto da Ruas (67) 99669-9563 (chame aqui e envie sua sugestão de pauta).