Casal adota Scooby no Universitário e o leva para mordomia em Portugal

Quando a maquiadora Taynara Nunes e a engenheira da computação Isabella Palmieri se casaram e decidiram mudar-se para Portugal, elas sabiam que a vida só seria mais alegre e completa se o cachorrinho Scooby estivesse por perto.

Sem pensar duas vezes, elas se organizaram com antecedência e cumpriram com todos os procedimentos obrigatórios para o cãozinho viajar com tranquilidade e morar na Europa.

Foi assim que Scooby, adotado por Taynara e Isabella, saiu do Bairro Universitário em Campo Grande e hoje vive a maior mordomia em Portugal, com direito a quatro passeios por dia, muito mimo e até banho de banheira, acredite.

Todo esse cuidado é reflexo da responsabilidade do casal que, quando adotou, tomou a decisão de cuidar de Scooby em qualquer situação. “Nunca cogitamos deixá-lo. Se não fosse possível trazê-lo para Portugal, nós não iríamos mudar, já que o adotamos e só tomamos essa decisão de viver fora depois”, conta Taynara.

Scooby tem a vida que muita gente pede a Deus, mas não foi sempre assim. Depois de ser abandonado, ele viveu nas ruas por meses até aparecer em um dia de chuva no portão da residência de Taynara. Com medo que o cãozinho fosse atropelado, ela e a esposa decidiram acolher o animal temporariamente para depois colocá-lo para adoção, mas isso ficou só na conversa.

Bastou Scooby sair do veterinário de banho tomado e correr para os braços de Taynara para a maquiadora se derreter e se recusar a doar o animal. “Ele veio para ser nosso”.

Isso foi há 2 anos, Taynara enfrentava problemas emocionais e Isa vivia um luto após perder um cachorrinho de 16 anos. “Quando o Scooby chegou, sentimos que foi enviado por Deus. Ele virou nossa maior felicidade. Começou a se mostrar bem hiperativo e brincalhão. Chegou tirando todo mundo da zona de conforto”.

Foi assim que elas correram atrás de toda documentação para que o animal conseguisse embarcar. Tal escolha não é impossível, mas carece de paciência. Isso porque existe um passo a passo longo para levar o pet a outro país, especialmente Portugal.

Entre os protocolos estão antipulgas, vermífugo e vacina contra a raiva em dia, implantação de microchip em nome de um tutor para que todas as informações sejam armazenadas, certificado de saúde com o veterinário responsável pet, o exame de sorologia, caixa de transporte e alguns outros detalhes que são pontuados pelo Vigiagro (Sistema de vigilância Agropecuária Internacional).

No caso de Scooby, Taynara não quis que o animal viajasse no porão do avião, por isso, bateu “de porta em porta” nas companhias áreas brasileiras até ver qual aceitava o animal no seu assento. “Fomos de Azul para São Paulo e depois para Lisboa. Fomos bem atendidos e ele foi tranquilo”.

Dias antes da viagem, Taynara ‘treinou’ com Scooby dentro da caixinha para que ele pudesse se acostumar, inclusive, na escala. E deu certo. O bichinho não só fez uma viagem tranquila como hoje vive a maior felicidade ao lado das donas, deixando todo o histórico de abandono no passado.

“Muitas pessoas acham que levar um bichinho é um bicho de sete cabeças, mas não é. É preciso atenção para seguir corretamente os protocolos. Nós estamos muito felizes com ele por perto”, diz Taynara.

Com a vida boa, as donas criaram até um perfil para compartilhar a rotina de Scooby e quem quiser acompanhar, basta seguir aqui.

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