Casal quebrou principais tradições de casamento para ter “sim” original
Ao abrir mão de muitas coisas que a tradição julga ser importante, Samara e Ricardo realizaram sonho
Quem olha as fotos românticas do casamento de Samara Yasser Yassine Dalloul e Ricardo Edgard da Silva nem imagina que eles fizeram escolhas diferentes. Mas quem esteve na cerimônia se emocionou com as decisões do casal, que além de quebrarem tradições, garantiram um “sim” mais feliz e emocionante.
Os dois estão juntos há quase 10 anos e desde o início do namoro eles têm uma boa história para contar. Os dois se conheceram em um bar, quando Ricardo foi a um encontro, mas acabou se encantando por Samara. Meses depois veio o pedido de namoro e depois Ricardo a surpreendeu com o pedido de casamento no Ushuaia, sobre um lago congelado após uma trilha na neve.
Só por esses episódios Samara tinha certeza que eles não faziam o tipo convencional, por isso, resolveram casar do jeito deles.
“A primeira coisa que decidimos foi que entraram juntos. Depois de quase 10 anos de caminhada e parceria, não queríamos ser entregues a ninguém”, descreve Samara, de 31 anos, que é procuradora da República.
Naturalmente, eles também optaram pelo “first look'' – quando o noivo vê a noiva antes do casamento. Uma hora e meia antes da cerimônia eles se encontraram no jardim do evento, tiraram fotos e aguardaram de mãos dadas a chegada dos convidados.
Além de entrarem juntos, Samara e Ricardo não queriam buquê, casais de padrinhos, pajens, daminhas e floristas. “Pesquisei a fundo as simbologias do casamento, e descartei o que não expressava o nosso desejo”, diz a noiva.
O buquê, em que um dos significados é “afastar o mau olhado”, foi transformado em uma construção coletiva. “Todos que entraram na cerimônia carregaram um raminho com flores, inclusive eu, e depositaram esse ramo (representando o amor e os bons desejos que eles teriam para nós) em um vaso no altar. Quando eu coloquei a última flor, o vaso foi recolhido e elas formaram um buquê para a saída”.
Samara também não jogou o buquê porque não acredita que a felicidade no “próximo a casar”. “Não queríamos que nosso casamento fosse um dia para a noiva, alimentando a ideia de que o sucesso está em ser uma mulher no dia de seu casamento. Simplesmente nem tocamos no assunto e isso foi menos um dia de rivalidade feminina no mundo”.
O casal também não convidou padrinhos, os pais, os irmãos e dois primos entraram sozinhos, um a um, com seus ramos de flores. “Não acreditamos em fórmulas tradicionais de união e queríamos representar isso na nossa cerimônia. Convidamos pessoas pelo que são em sua individualidade. Todo mundo entrou ao som de uma mesma música, um instrumental de uma canção de uma animação japonesa que gosto muito”.
Durante os votos, Samara cantou para o noivo. Depois do “sim”, o casal saiu em um cortejo direto para a pista de dança, estreada de cara. “Acabou que nem usamos a mesa de doces para tirar fotos posadas. Tiramos algumas fotos importantes logo na saída da cerimônia para aproveitar a luz do pôr do sol) e depois pedimos só fotos espontâneas, no meio da festa, na pista de dança, onde o abraço estivesse acontecendo”.
Tudo saiu como planejado, graças a equipe e a cerimonialista Karla Lyara, que compreendeu o perfil dos noivos e transformou o casamento. “Certamente deixamos nossa cerimonialista doida, mas tudo saiu como sonhávamos”.
Confira a galeria de imagens:
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