Com leishmaniose, Greta ajuda donas nas vendas para pagar tratamento
Verônica e Inainna, donas da cadela, estouraram o limite do cartão e vendem mandioca para “sair do vermelho”
Para pagar a conta na clínica veterinária, que chegou a um total de cerca de R$ 5 mil, e os remédios de Greta, vira-latinha que agora está em tratamento para superar a leishmaniose e gasta R$ 700 por mês em remédios, a engenheira civil Verônica Machado Cardoso, 26 anos, e a arquiteta Inainna Fabiola Queiroz da Silva, 27, apelaram para as vendas de rua. Mas, o que chamou a atenção na Avenida Raquel de Queiroz, no Bairro Aero Rancho, e nas redes sociais foi a terceira “vendedora” de pacotes de mandioca, a própria cachorrinha, que agora mais saudável, ajuda as “mães” na propaganda do negócio.
“Desde fevereiro estamos lutando para salvá-la. Estourei o cartão e não tenho mais como parcelar a contas na clínica, por isso que a gente começou a vender a mandioca”, conta Verônica. Ela e a esposa montaram a banquinha em frente do Supermercado Pires, do Aero Rancho, pela primeira vez neste sábado e conseguiram acabar com o estoque.
O casal busca os pacotes de mandioca descascada no Distrito de Anhanduí e vende a R$ 5. Além disso, oferece potes de mousses de maracujá e chocolate, produzidos por elas, a R$ 4 e R$ 5, respectivamente.
O anúncio feito em classificados on-line diz que Verônica e Inainna aceitam encomendas e fazem entregas na região para quem quiser mais de 5 unidades. Basta entrar em contato no (67) 99135-2669.
Mas, o que faz muita gente se derreter é a plaquinha que Greta carrega no pescoço: “Vendando mandioca e mousse para pagar minha conta na Pet Vida”, além da tranquilidade com que ela trata os clientes.
A donas da vira-lata cuidam de outros sete cachorros e três gatos, todos resgatados ou filhotes de cadelas tiradas das ruas.
Legislação - Desde 2013, o tratamento contra a leishmaniose visceral em cães é autorizado no País e em 2016, o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), autorizou que fosse utilizado no Brasil como método terapêutico para os animais com a doença, um medicamento que já era comercializado com esse fim na Europa.
Em Campo Grande, em 2018, uma lei complementar alterou o Código Sanitário do município, regulamentando o tratamento, com supervisão de médicos veterinário e medicamentos autorizados pelo Mapa.
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