De Rei Momo a Papai Noel, professor Anderson sai de cena com legado
Em Corumbá não há quem não conheceu uma das figuras mais emblemáticas do Carnaval. Anderson morreu de infarto.
Corumbá perdeu nesta semana uma de suas figuras mais queridas. O professor e agente cultural Anderson Dias Nunes, morreu aos 46 anos, na última quinta-feira (1), vítima de um infarto fulminante.
Dono de um sorriso que não saía da boca, professor Anderson fez história ao participar avidamente das iniciativas culturais da cidade. Apaixonado por Carnaval, desfilava todos os anos e inclusive já foi Rei Momo. Apaixonado por crianças, se vestia de Papai Noel todo Natal. Além disso, Anderson tinha trabalhos como intérprete, ator e coreógrafo.
“Nascemos em Aquidauana, viemos para Corumbá Anderson tinha 5 anos. Nossa primeira escola foi a Cirandinha que hoje funciona como objetivo”, conta a irmã Andreia Dias Nunes.
O professor começou a lecionar há 20 anos, segundo a irmã, sempre teve amor à profissão, se formou em pedagogia, artes, licenciatura plena e fez curso de libras. Recentemente ainda se formou em gestão cultural.
Lívia Gaertner, amiga de longa data, se formou em gestão cultural com ele. “O conheci desde há época de festivais estudantis, ele sempre ganhava. Interpretava canções. Desfilava em todas as escolas de samba. Ele interpreta a Maria Quitéria, que integra a Corte de Momo e sempre ele ia a cumprimentar quando passava em todas as escolas”, conta ela.
Carnaval de Corumbá era realmente uma paixão de Anderson, ele participava de tudo um pouco, foi Rei Momo por 5 anos, ele e a esposa Regina Célia desfilavam em todas as escolas de sambas e blocos.
Também coreógrafo, participava de comissão de frente e diretor de ala. Foi um dos campeões do concurso de marchinhas de Corumbá e Ladário.
No Natal, o Rei Momo tirava a fantasia e colocava sua roupa de frio para virar o Papai Noel. “Ele era o papai Noel oficial da Praça da república, se vestia para ir às escolas para os alunos e em festa natalinas particulares também”, lembra Andreia.
Com as crianças, conta a irmã, ele tinha um amor inexplicável, tanto pelos alunos como os familiares sempre teve uma relação de muito afeto e carinho com os sobrinhos, primos e afilhados.
“Ele tinha muito amor pela cidade onde vivia, como se tivesse nascido em Corumbá. Até o momento sua morte está sendo difícil de acreditar e aceitar, tanto por nós familiares, amigos e conhecidos. Pois era uma pessoa muito querida que por onde passava deixava sua alegria contagiante, era amado por todos. Eu como irmã digo que infelizmente só nos resta a saudades e lembranças boas que ele nos deixou. E a dor só quem passa sabe”.
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