Depois de 3 acidentes com moto, Larissa encontrou Ernesto, o Fusca
No casamento, na tatuagem no braço... o carro é paixão que acompanha a dona em todo lugar
O xodó da designer de interiores Larissa Vila Maior de Arruda Braga, de 26 anos, é o Fusca vermelho de 1971: Ernesto. Em 2019, depois de sofrer três acidentes com motocicletas, Larissa resolveu, finalmente, realizar o sonho de trocar a moto pelo carro das antigas. “Na hora que eu o vi, meu olho brilhou, eu senti uma emoção que nem tem como descrever”, relata.
O amor de Larissa por Fuscas começou “desde sempre”, como ela mesma descreve. Na época da compra, já namorava o atual esposo Anderson Glauco, de 30 anos, que apenas se divertia com a paixão dela. “Quando eu falava em Fusca, ele só ria. Dizia: ‘Tanto carro, e você quer logo um Fusca?’. Mas no final das contas, ele viu que era sério e até me ajudou”, diz.
A procura começou e Ernesto apareceu. Na hora da negociação, o antigo dono do Fusca respondeu o anúncio de Larissa na OLX e topou, inclusive, parcelar o veículo na promissória.
“Eu não tinha cartão de crédito, nem condições de pagar o valor de R$ 10 mil de uma vez só. Eu sempre fazia a proposta para as pessoas de parcelar assim, na promissória mesmo. Mas claro que ninguém aceitava, porque realmente, muitas pessoas não cumprem a palavra. Eu tentava comover os donos falando do quanto eu queria realizar esse sonho, até que encontrei esse ‘louco’ que aceitou e deu tudo certo, graças a Deus”, se diverte.
Larissa diz ter feito poucas alterações na aparência do Fusca. Manteve a cor original, precisando mexer apenas em alguns reparos. “Ele já tinha bancos bonitinhos e arrumadinhos. Só lixou e envernizou algumas partes por fora. Mas mantive todo aspecto original”, declara.
Tudo no carro tem significado especial. O nome Ernesto surgiu de uma piada interna bem específica do casal, fãs de Harry Potter, especificamente do terceiro filme da franquia: O Prisioneiro de Azkaban.
“Não tem aquela cena do ônibus? Ali fala: ‘Manda ver, Ernesto!’. Meu marido sempre falava isso quando a gente entrava no carro e assim ficou”, ri. O número da placa também. “É 19, do ano que eu comprei, e 71, do ano de origem dele”, explica.
No Instagram, em um perfil dedicado ao Ernesto, Larissa documenta toda a trajetória pela qual Ernesto já passou, desde consertos a passeios e até a tatuagem que fez no braço para eternizar sua paixão. O Fusca também foi utilizado no ensaio pré-wedding do casal, além do próprio casório em si. Ainda outra alegria, é poder levar o carro em encontros de Fuscas.
“A gente já foi em vários, alguns até fora da cidade. É uma nostalgia e um encanto. E é muito bom poder encontrar outras pessoas que tem a mesma paixão que eu”, expressa.
E o ciúme pelo carro é grande. “Toda vez que meu marido vai dirigir, eu fico de bico, ele chega fica meio nervoso pra dirigir. Mas eu não consigo, tenho ciúmes mesmo”, comenta entre risadas.
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