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Comportamento

Depois de 40 anos, professores tiveram reencontro nostálgico

Professores que trabalharam no Colégio Dom Bosco entre as décadas de 1970, 1980 e 1990 se reuniram

Aletheya Alves | 16/10/2022 07:55
Professores que trabalharam no Colégio Salesiano Dom Bosco se reuniram. (Foto: Kísie Ainoã)
Professores que trabalharam no Colégio Salesiano Dom Bosco se reuniram. (Foto: Kísie Ainoã)

Acostumados a encontrarem alunos por cada canto da cidade, professores que trabalharam no Colégio Salesiano Dom Bosco entre as décadas de 1970 e 1990 conseguiram fazer um retorno ao espaço em que viram suas histórias começarem. Cheia de nostalgia, a caminhada pelo ambiente escolar foi o momento de matar a saudade tanto das paredes quanto de colegas que não viam há 40 anos.

Responsável pela reunião deste sábado (15), Carlos Alberto Rezende, conhecido como professor Carlão, brinca que a época no colégio é tão distante quanto o período que ainda tinha cabelos. Já tendo contatado diversos alunos durante o decorrer dos anos, ele explica que sempre sentiu falta de uma reunião com os colegas de profissão.

“Nessa saída da pandemia vi que era o momento ideal para tentar reunir todo mundo, comecei a ligar para cada um e mesmo com dificuldade conseguimos. Nós temos reencontros de muitos anos com colegas que a gente não tinha ideia de como estavam”, explica Carlão.

Entre as poucas fotos que conseguiu guardar, o professor explica que alguns dos colegas presentes nos registros foram convidados a participar do encontro. Exemplo é o antigo professor de redação, literatura e gramática do Dom Bosco, Alcides Reis.

A partir do lado esquerdo, Alcides é o terceiro e Carlão é o sétimo. (Foto: Arquivo pessoal)
A partir do lado esquerdo, Alcides é o terceiro e Carlão é o sétimo. (Foto: Arquivo pessoal)
Professor Carlão foi o responsável por convidar os antigos colegas. (Foto: Kísie Ainoã)
Professor Carlão foi o responsável por convidar os antigos colegas. (Foto: Kísie Ainoã)

Hoje aos 78 anos, Alcides está aposentado e conta que não via a maior parte dos colegas há muitos anos. Do mesmo modo, não entrava no colégio e destaca que retornar às origens significa pensar em como o magistério é importante.

“É uma das profissões mais bonitas porque além de cada um dar sua matéria, nós orientamos vidas. Eu dei aula aqui por 14 anos, acredito que devo ter tido mais de 30 mil alunos na totalidade”, conta Alcides.

Ao contrário do professor de redação, o professor de história, Clacir José Bernardi, de 61 anos, é um dos poucos colegas que continuam trabalhando no Dom Bosco. Como uma ponte entre quem se conectou com muitos alunos e a geração que segue na área, Clacir brinca que as conversas da reunião tomaram rumos inesperados.

Há mais de 30 anos atuando no colégio, Clacir diz se lembrar que quando iniciou sua carreira no magistério dava risada de professores mais antigos. Agora, ele ri de si mesmo e dos diálogos sobre as preocupações com saúde conforme a idade avança.

“Recordo que quando entrei para dar aula, um professor antigo falava que ia começar a subir por elevador e eu dava risada. Hoje, eu é que vou começar a subir pelo elevador. A gente se sente muito jovem conversando com os colegas, mas o diálogo segue e a gente começa a falar sobre o colesterol e coisas do tipo”, diz rindo.

Professor Clacir de camiseta cinza e Alcides com camiseta preta. (Foto: Kísie Ainoã)
Professor Clacir de camiseta cinza e Alcides com camiseta preta. (Foto: Kísie Ainoã)

Caminhada pelo colégio foi cheia de nostalgia entre os professores. (Foto: Kísie Ainoã)
Caminhada pelo colégio foi cheia de nostalgia entre os professores. (Foto: Kísie Ainoã)
Professor Eraldo, de camisa branca com listras finas pretas não entrava no colégio há 40 anos. (Foto: Kísie Ainoã)
Professor Eraldo, de camisa branca com listras finas pretas não entrava no colégio há 40 anos. (Foto: Kísie Ainoã)

Um dos professores que não retornavam há mais tempo, Eraldo José de Souza, de 68 anos relata que não via o Dom Bosco por dentro há 40 anos, assim como não via os colegas. Depois de dar aula de matemática na escola, ele explica que se mudou para Dourados e para Curitiba, deixando muita história para trás.

Feliz de rever as paredes do colégio, abraçar os antigos colegas e pensar que teve oportunidade de retornar mais uma vez, Eraldo completa que faz questão de reviver as memórias.

Também encantado com a reunião, Ludio da Silva, coordenador pedagógico, conta que viu muitas gerações passando pelo colégio. Enquanto grande parte dos colegas começaram suas vidas profissionais ali e seguiram outros caminhos, ele permaneceu até hoje.

Fazendo os registros de cada detalhe, o professor completa que é dificil conseguir reunir muitos professores, mas que a reunião deste sábado foi um marco para cada um que esteve presente. “Além de nos vermos, é uma possibilidade de cada um voltar aqui e relembrar o que já passou. Assim como para mim, o colégio foi o início de muitas histórias, então relembrar é sempre importante”.

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