Diego sofreu a distância com família contaminada pela covid e mãe na UTI
Desespero chegou com tudo quando o sertanejo descobriu que mãe, pai e irmã estavam com vírus e não podia fazer nada para mudar
O desespero chegou com tudo quando Diego Barros Silva, da dupla Henrique e Diego, descobriu que a família inteira estava com covid-19 e ele não podia fazer nada para mudar a situação. A mãe, Marizete Barros Lima, 58 anos, foi parar na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), onde ficou semanas lutando pela vida. Agora, após a turbulência, o sertanejo conta nos dedos os dias para rever e abraçar todo mundo.
“Minha mãe deixou o hospital há dez dias, agora estão todos curados e não transmitem mais. Talvez no mês que vem, ela esteja apta para viajar e quero que venha passar um tempo comigo para poder abraçá-la”, diz Diego todo esperançoso e contente.
Aos 34 anos, o sertanejo vive em Campo Grande, enquanto a família mora a 706 quilômetros de distância, em Cuiabá – MT. O drama começou em junho deste ano, quando a irmã Michele Bianca da Silva, 32 anos, o pai Dervande de Arruda e Silva, 59 anos, e dona Marizete pegaram o vírus.
“Nenhum deles estavam na rua. Todos estavam se cuidando e, provavelmente, pegaram durante uma compra no supermercado, pois era o único lugar que iam”, comenta.
Os primeiros sintomas dos pais do cantor foram congestão nasal e perda do paladar. “Ficaram desconfiados e uma semana após fizeram o teste e deu positivo. Apenas minha irmã estava assintomática. Quando soube da notícia, fiquei em choque porque sabia do perigo e que várias pessoas estão morrendo por conta do vírus. Isso me deixou assustado”.
Depois do diagnóstico, os médicos resolveram internar o pai e a mãe do cantor, e a partir daí, começou o desespero. “Ficaram dez dias internados, depois meu pai recebeu alta, porém minha mãe permaneceu no hospital. No 12º dia, minha mãe foi para a UTI, onde permaneceu entubada com apenas 25% do pulmão funcionando”.
Na UTI, dona Marizete lutou pela vida sem mesmo poder receber a visita do filho que estava angustiado em Campo Grande, à espera de notícias boas. “Toda vez que o telefone tocava, entrava em desespero. Foram mais de 28 dias assim, nesse sofrimento, desespero e sensação de impotência porque não podia ir lá e mesmo se fosse, não poderia vê-la”, lembra.
A saída foi apelar pelas orações, se agarrar na fé e ao pensamento positivo. “Não tinha aonde ir, os hotéis de lá estavam fechados. Tinha que ficar aqui, mas pedia para amigos que são médicos darem um suporte. A notícia também era pouca, uma vez por dia saía o laudo e era vago. Dizia que não tinha melhorado, mas também não havia piorado. Para quem está do outro lado, isso é um desesperador”.
Os dias se passaram e angústia tomou conta do coração do cantor. Contudo, no dia 21 deste mês, durante uma live da dupla, o sertanejo recebeu a notícia que dona Marizete tinha saído da UTI. Foi um peso que saiu das costas e emocionado, se ajoelhou no chão e agradeceu.
“Foi o momento mais feliz da minha vida. Tive uma sensação tão gostosa, fiquei mais leve. Foi um milagre, porque ela voltou à vida, pois toda vez que ligava, descobria que estava piorando. As orações e a competência dos médicos e enfermeiros ajudaram muito”, destaca.
“Minha mãe é tudo pra mim. É minha melhor amiga, minha confidente é Deus no céu e ela na terra. Não tem outra pessoa com quem consiga ter conexão como temos um com o outro, é meu porto seguro, minha heroína”, se declara Diego.
Hoje, dez dias após a dona Marizete deixar o hospital, Diego pode respirar aliviado. “Ela está bem, os pulmões estão limpos e não ficou com nenhuma sequela. Está lúcida e agora estamos esperando que fique mais forte, para matarmos a saudade”, afirma.
Apelo – Desde que a pandemia se espalhou por Campo Grande o cantor comenta que a dupla suspendeu os shows. Diego se isolou com a família na Capital e passou a tomar todos os cuidados para se prevenir contra doença.
“Pedia compra por aplicativo e quando chegava, usava máscara e luva para pegar. Desinfetava a compra com álcool em gel, tomamos todos os cuidados necessários porque é uma doença grave, que vem tirando vidas e devastando famílias”. Por isso, ele aconselha.
“Se previna. Quem puder, fique em casa e quem não pode, se preteja. O vírus não está para brincadeira. Não vai em festa clandestina, sai fora disso. Sua vida vale muito mais que uma festinha de fim de semana”, finaliza o cantor Diego.
Curta o Lado B no Facebook e no Instagram. Tem uma pauta bacana para sugerir? Mande pelas redes sociais, e-mail: ladob@news.com.br ou no Direto das Ruas através do WhatsApp do Campo Grande News (67) 99669-9563.