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Comportamento

"É importante valorizar vida de todos ao seu redor", ressaltam socorristas

No Dia do Socorrista, profissionais compartilham suas histórias e ressaltam a importância de valorizar a vida

Bárbara Cavalcanti | 11/07/2021 13:41
Socorristas do Samu atendem paciente durante acidente. (Foto: Arquivo/Marcos Maluf)
Socorristas do Samu atendem paciente durante acidente. (Foto: Arquivo/Marcos Maluf)

Uma constante corrida contra o tempo é o que resume a vida de quem trabalha como socorrista. Esses profissionais são as primeiras pessoas com o poder de ajudar alguém quando surge um problema de saúde – e muitas vezes, é o socorro deles que acaba sendo decisivo na vida de uma pessoa.

Hoje é celebrado o Dia do Socorrista e, profissionais que atuam na área compartilharam com o Lado B um pouco de sua experiência. Em unanimidade ressaltam a importância de se valorizar a vida, tanto a própria, quanto de pessoas amadas.

É o que expressa a socorrista Tailine Pinheiro Tenório, de 28 anos. O sentimento que prevalece depois de um longo dia de trabalho, é justamente a gratidão pela vida.

Socorristas da CCR MSVia em operação de resgate. (Foto: Arquivo/Paulo Francis)
Socorristas da CCR MSVia em operação de resgate. (Foto: Arquivo/Paulo Francis)

“Quando chego em casa, o sentimento de gratidão toma conta. Gratidão por estar bem, por ter dado o melhor no atendimento, por ter salvo uma vida, por ter a família bem e por perto. Com certeza, essa profissão faz valorizar a vida a cada minuto, nos faz entender que devemos buscar e viver bem, felizes e amor o próximo sempre”, detalha.

Tailine trabalha como socorrista desde 2017. Ela sempre teve uma paixão pela área da saúde e se identificou nessa parte de urgência e emergência. E inclusive a gratidão foi o que marcou um dos atendimentos que ela carrega com muito carinho até hoje.

“Foi um atendimento clínico no ano passado, no dia das mães. Um filho trouxe à Base sua mãe que estava passando mal. Nós atendemos, rapidamente. Um ano depois, no dia das mães desse ano, esse mesmo filho voltou à Base para homenagear e agradecer a equipe pelo atendimento”, relembra.

Tailane durante treinamento. (Foto: Assessoria CCR MSVia)
Tailane durante treinamento. (Foto: Assessoria CCR MSVia)

Ouvir as palavras de gratidão de um filho, deixou Tailine emocionada. “Ele nos disse que graças à nós, ele estava tendo o privilégio de comemorar mais um dia das mães junto dela. Foi muito gratificante ouvir isso, esse agradecimento cheio de carinho, não teve preço. Isso é o que me motiva todos os dias a sair de casa e me doar totalmente a salvar vidas”, expressa.

Jair Santos de Queiroz, de 37 anos, também é socorrista e atua na área já a 7 anos. Para ele, o que o move é poder ser alguém qualificado a estar ao lado da pessoa quando ela mais precisa.

“A gente vê todos os dias aquele sofrimento. As pessoas ficam em um momento em que precisam de alguém ali, que ame a profissão e que por isso queria ajudar, queria estar ao lado delas. E foi com isso que eu me identifiquei, de poder estar ao lado das pessoas no pior momento da vida delas”, declara.

Jair Queiroz dos Santos dentro de ambulância. (Foto: Assessoria CCR MSVia)
Jair Queiroz dos Santos dentro de ambulância. (Foto: Assessoria CCR MSVia)

O relato mais marcante da carreira de Jair foi quando ele socorreu um rapaz em um acidente na rodovia em 2015. “Quando chegamos no local, ele gritava, implorando pra gente não deixar ele morrer, pois ele tinha uma família para cuidar. Aqueles gritos dele me marcaram profundamente”, relata. E deu tudo certo, graças à equipe de Jair, o rapaz sobreviveu.

E esse atendimento inclusive virou amizade. “Todos os anos, quando ele viaja, ele manda mensagem pra mim perguntando se eu vou estar trabalhando na rota dele. Isso me faz amar cada vez mais minha profissão, são experiências assim que faz a gente gostar do que faz e fazer com amor. Até porque essa nossa profissão demanda muito, a gente não tem horário, não tem tempo, trabalhamos na chuva, no sol, no frio, independente”, reforça.

Robson Ortega Estevão, de 34 anos, reforça ainda a dedicação não está apenas no atendimento presencial, mas também nas pesquisas. “A gente se dedica muito a fazer, cursos, a aprender mais, como atender melhor, como dar nosso melhor para ajudar alguém no momento mais difícil”, expressa.

Socorristas do Samu durante atendimento a pessoa ferida. (Foto: Arquivo/Kísie Aionã)
Socorristas do Samu durante atendimento a pessoa ferida. (Foto: Arquivo/Kísie Aionã)

Robson trabalha como condutor socorrista há quase 7 anos e relata que o atendimento mais marcante da vida dele, foi

quando ele conseguiu salvar um rapaz de uma parada cardiorrespiratória. “Aquele momento não teve preço. Saber que nós conseguimos salvar alguém, garantir que ele ia passar mais tempo com a família dele”, comenta.

Robson também diz que a vida de socorrista colocou muitas coisas em perspectiva na vida dele, principalmente como a vida é um sopro.

“Ser socorrista mudou muito meu olhar. Hoje, eu percebo que em questão de segundos podemos perder alguém que amamos. É muito importante mesmo dar valor à tudo e todos que você tem ao seu redor ainda em vida”, expressa.

Robson Ortega em Base de trabalho na CCR MSVia. (Foto: Assessoria CCR MSVia)
Robson Ortega em Base de trabalho na CCR MSVia. (Foto: Assessoria CCR MSVia)

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