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Comportamento

Em frente ao espelho, Sol passou 8 horas tatuando o próprio peito

Sol montou um esquema complexo para fazer uma tatuagem na região que é considerada mais complicada ainda: o seu próprio peito

Lucas Mamédio | 26/11/2020 06:10
Sol usando o espelho (Foto: Natacha_ik)
Sol usando o espelho (Foto: Natacha_ik)

Na última terça-feira (24) a artista e tatuadora Sol Ztt teve um dia longo e recompensador. Entre a sessão e intervalos, ela ficou oito horas tatuando o próprio peito, uma região complexa quando se fala em auto tatuagem.

Sol, que só trabalha com tatuagem autoral é a dona do desenho: uma menina deitada em um lobo, baseada num retrato com a mesma composição. “Eu fiz esse desenho faz uns quatro meses e fiquei apaixonada, mas não tinha cara pra pedir pra outra pessoa fazer, porque justamente trabalho com arte autoral, e isso ia contra meus princípios”.

Sol usando a própria vista (Foto: Natacha_ik)
Sol usando a própria vista (Foto: Natacha_ik)
Entre indas e vinas, a sessão durou oito horas (Foto: Natacha_ik)
Entre indas e vinas, a sessão durou oito horas (Foto: Natacha_ik)

Sol conta que via um “vazio” naquela região do corpo por conta de uma tatuagem no pescoço que se destacava. “Já tinha meses que eu estava querendo aproveitar essa parte do meu corpo, porque eu sentia que meu pescoço estava sozinho. Não estava querendo nem usar uma blusa aberta porque ficava muito destacada, então pensei que tinha que fazer uma tatuagem no peito”.

O esquema para  tatuagem teve de ser bem pensado, pois Sol precisava ter a referência do desenho igual ao modo como iria olhar para ela mesma, isso sem falar na utilização de um espelho.

“Eu fiquei com uma bancada e com o desenho de ponta cabeça, porque é essa visão que tenho dele no meu corpo, na minha frente ficou o espelho e meu celular pra eu mexer e ver os traços detalhados. Usei mais minha vista normal, porque no espelho fica muito distante. Em algumas paradas eu usei mais o espelho, onde o desenho mais livre ou onde a visão não alcançava”.

Desenho finalizado (Foto: Arquivo Pessoal)
Desenho finalizado (Foto: Arquivo Pessoal)

Sol conta que antes de começar ficou com receio de não dar conta. “Fiquei com medo. Planejei uma forma de colocar o decalque em partes porque se não desse conta de fazer num dia, faria em etapas”.

A sessão começou às 11h30 e terminou às 19h30 com dois intervalos de uma hora mais ou menos. “A região que fiz  tatuagem eu não consigo olhar normalmente, porque tenho que ficar olhando para baixo e isso vai cansando os olhos e vai dando tontura”.

Sobre a dor Sol acredita que doeu menos que outras feitas por terceiros. “Eu senti muito menos dor, porque eu não sou uma cliente comum, sou uma tatuadora, me tatuei e a tatuagem tem muito isso de confiança, no sentido de quando a agulha toca na pele, da intensidade, é difícil de explicar, porque eu tenho muito mais controle, sei a pressão que vou aplicar”.

Sol, que tem várias tatuagens feitas por ela mesma, explica que dessa vez foi diferente. “O mais louco foi a sensação de estar me construindo sabe, porque é um lugar abaixo do rosto, sei lá, é muito louco”, finaliza.

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