Em vida de burocracias, Ana descobriu sensibilidade com piano
Juíza e fiscal tributária, Ana Paula Duarte se divide entre o Direito e as artes
Aos 55 anos, Ana Paula Duarte Ferreira se divide entre a vida liderada pelo Direito e os trabalhos como musicista. Apaixonada por cada função, a juíza e fiscal tributária conta que é mesmo através da música que descobriu sensibilidades ainda maiores.
“Quando a gente mexe com música, a gente vê tudo de um jeito diferente, vê com mais sensibilidade. Não são só os números do Direito Tributário, as palavras exatas da Lei. Você vê outras nuances”. Resumindo como se sente em meio a mundos tão diferentes, a juíza e fiscal tributária conta que há 7 anos começou a sentir ainda mais as diferenças de suas profissões.
Mesmo sem ter referências profissionais na família em relação à música, Ana explica que costumava ouvir seus avós e seu pai sempre cantando, assim como sua tia e sua mãe dedicadas ao piano. “Não me lembro de algum tempo em que a gente não tivesse envolvido com a música”.
Por ter seguido carreira através do Direito, a fiscal explica que a relação com a música durante a maior parte da sua vida foi com algo extra. Isso até que ela se encontrasse com o marido, Carlos Colman.
“Nós começamos a tocar bastante antes da pandemia, eram até três vezes por semana. Com a pandemia isso mudou de novo, então resolvemos investir nas composições do Carlos e focar no trabalho autoral”, explica Ana.
Desde então, a musicista conta que passou a se dedicar ainda mais para a música e, hoje, imagina que irá se aposentar do Direito, mas não de seu lado artístico. “Eu não me lembro de algum período em que fiz uma coisa só. Como funcionária pública, penso em me aposentar, mas não pretendo tão cedo com a música. Ao mesmo tempo, tenho novos sonhos com outras coisas”.
Podendo se dedicar apenas ao âmbito artístico, Ana relata que seu novo objetivo é escrever um livro. Já tendo como prática escrever crônicas e algumas poesias, a juíza diz que se imagina fazendo um projeto maior.
Mesmo gostando de todas as questões voltadas para as artes, ela completa que muita gente imagina que essa vida possa ser mais tranquila do que a do Direito. Mas, vendo na prática como tudo acontece, sua opinião pessoal é diferente.
“Eu acho que existe uma visão um pouco romantizada de que a vida como artista é leve, mas ela é pesada. Talvez até mais do que a de um operador do Direito. Na arte você deixa um canal aberto para a relação com a realidade, há essa interação mais sensível, então não é simples”, diz.
Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial, Facebook e Twitter. Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui).