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Comportamento

Estrela de bloco, quem é a capivara que enlouqueceu os foliões?

Ator comenta que vestir a fantasia é uma prova física, mas que alegria do Carnaval é a melhor parte

Aletheya Alves | 22/02/2023 06:40
Mascote do Capivara Blasé é o centro das atenções logo que aparece. (Foto: Thailla Torres)
Mascote do Capivara Blasé é o centro das atenções logo que aparece. (Foto: Thailla Torres)

Em dia de Capivara Blasé, um dos personagens que mais chama atenção é o mascote do bloco de rua. Distribuindo alegria por todo canto, a capivara demonstra tanta simpatia que nem parece que a atividade parece até uma maratona. Mas, além disso, a pergunta que fica é: quem é o mascote?

Desde 2020, quando o mascote estreou, o ator responsável por fazer a alegria dos foliões é Luciano Risalde. Desde peixinho do “Aquário do Pantanal” até comediante, o rosto por trás da capivara faz de tudo.

Luciano explica que para entrar no personagem realmente precisa esquecer da fantasia. Isso porque permanecer com a roupagem é um teste físico.

“Para mim, o tempo todo lá dentro é uma sauna, mas eu tento desligar. Quando eu visto a capivara, eu me torno ela mesmo porque preciso ser o mais simpático possível, qualquer adversidade fica de fora e, de repente, você fica muito mais feliz”, conta.

Neste ano, a recepção do público não foi diferente e animação contagiou. (Foto: Thailla Torres)
Neste ano, a recepção do público não foi diferente e animação contagiou. (Foto: Thailla Torres)

Sobre a relação com o público em conjunto ao Carnaval, o artista detalha que a atmosfera chega a ser difícil de explicar. “Todo mundo dança do seu jeito, a roupa rasgada de casa vira fantasia, o pessoal faz amizade, é uma energia que não tem em lugar nenhum, é único”.

E, acrescentando a figura da capivara, as interações são ainda melhores, como ele conta. “Meu professor de palhaçaria diz que o palhaço é muito ligado à criança, mas que os adultos têm essa criança dentro de si. Acho que isso também existe no Carnaval e com a capivara isso acontece muito”.

Das crianças aos idosos, ninguém consegue ficar de fora e Luciano narra que esse é um dos pontos que torna o Carnaval um dos grandes momentos do ano. “É fora do comum porque nesse ano mesmo ficamos no período mais voltado para as crianças, mas quando vi estava tirando foto com todo mundo. É só chegar perto do Carnaval que fico feliz”, diz.

Mas, além de ser o mascote do bloco, o ator possui vários outros personagens e vai desde a poesia até o stand up comedy. “Fiz teatro, faço poesia, stand up, fiz parte do movimento slam e fui campeão em 2018, faço palhaçaria, sou produtor cultural, enfim, estou no meio de tudo isso”.

Por gostar de Carnaval e criar personagens, o ator comenta que se diverte. (Foto: Thailla Torres)
Por gostar de Carnaval e criar personagens, o ator comenta que se diverte. (Foto: Thailla Torres)
De ator a comediante, Luciano faz de tudo um pouco. (Foto: Arquivo pessoal)
De ator a comediante, Luciano faz de tudo um pouco. (Foto: Arquivo pessoal)

Tendo começado na área em meados de 2014, Luciano comenta que nunca havia imaginado a possibilidade de entrar no ramo. Tanto é que veio para Campo Grande cursar Matemática.

“Eu conto que comecei a fazer teatro com 23 anos numa turma para adolescentes. Enquanto os alunos falavam que tinham começado aos 6 anos, eu achava que artista era coisa de rico. Não tinha esse contato, não sabia como era”, detalha.

Já participando do teatro, ele percebeu que não queria ser professor e, desde então, foi aceitando trabalhos diversos. “Contei para minha mãe e ela ficou desesperada, ficou uns seis dias sem falar comigo. É engraçado porque juntei meu dinheiro dos primeiros cachês, comprei uma televisão para ela e ela achou que eu estava rico”, relembra o ator.

Hoje, pensando nos trabalhos que faz, Luciano completa que segue a regra da improvisação, “sim, sempre. Então quando alguém me pergunta de algum trabalho que nunca fiz, eu já digo ‘sim’ e vou lá”.

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