Eventos voltaram lotados, mas maioria é contra Carnaval em 2022

Os shows culturais estão tomando conta da cidade e tem atração confirmada para acontecer até o final do ano. Mesmo com a retomada dos eventos, enquete realizada no sábado (09), pelo Campo Grande News, aponta que 80% das pessoas são contra a realização do carnaval de 2022. Na contramão, apenas 20% concordam que a folia deve voltar.

A estudante de história Ellen Prudente, 25 anos,  sempre gostou de acompanhar os blocos de rua da Capital e nunca perdeu um carnaval com as amigas. Mesmo sendo uma entusiasta da festa mais famosa do Brasil, a jovem acredita que esse ainda não é o momento para o retorno da folia. "Eu gostaria de me sentir confortável para ir, mas não me sinto. Eu acho que ainda é muito cedo para fazer um nível de aglomeração como é o carnaval, principalmente, porque muitas pessoas optaram por não tomar a vacina”, afirma.

O tatuador Lucas Loureiro, 26 anos, até quer que o evento volte, mas de forma segura. Ele também menciona a questão da vacinação contra a covid-19 como um fator importante para a volta das atividades carnavalescas. "Eu sou a favor de um carnaval mais "seguro". Espero que até lá todo mundo esteja vacinado e que seja cobrado as duas doses da vacina para poder curtir um pouco menos preocupado porque o distanciamento no carnaval é impossível”, diz.

Nas redes sociais, o pessoal se dividiu entre o sim e o não. "Sou favorável, é só colocar umas regras pra todos se divertir com segurança. A festa traz lucro, fomenta o turismo o que é investimento que tem um retorno pra cidade sim. É bom lembrarmos que também têm pessoas autônomas esperando a festa pra ganhar um dinheiro", escreveu uma seguidora.

Alguns são contra o evento por acreditarem que o mesmo não dá retorno. "Por mim nunca mais poderia ter carnaval! Não faz falta nenhuma!", opinou um internauta. "Não compensa, custo muito alto e pouco benefícios", publicou outro.

Para o produtor Vitor Hugo Samudio, dono do bloco Capivara Blasé, o carnaval do ano que vem pode ser uma ótima oportunidade para a recuperação das atividades econômicas. "Somos sempre a favor do carnaval, primeiro pelo simbólico, pela cultura. Segundo pela economia e turismo impulsionados. O carnaval de 2022 pode ser muito simbólico para demonstrar a retomada econômica das cidades e o início de um novo ciclo", ressalta.

A frente de um dos principais blocos do Estado, o produtor comenta que depende da decisão das autoridades para movimentar o bloco Capivara Blasé. "Temos duas responsabilidades a saúde e a cultura popular. Se as autoridades sanitárias do país disserem que pode haver, faremos. Carnaval é potência pura e são só 5 dias do ano, depois tem os outros 360 para quem não gosta", finaliza.

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