Graças a grupo de WhatsApp, irmãos se reencontram após 60 anos
Um morador de Caarapó, no sul do Estado, reencontrou os irmãos que moram no Rio Grande do Norte, isso depois de quase seis décadas
Ao mesmo tempo que a tecnologia causa certa preocupação pela dependência que temos dela, há de se admitir o bem que faz ao aproximar pessoas distantes. Mais ainda, ela proporciona reencontros de pessoas que não tinham mais perspectivas ou meios para se verem.
Um morador de Caarapó, no sul do Estado, reencontrou os irmãos, que moram no Rio Grande do Norte depois de quase 60 anos, 58 para ser mais exato.
Antônio Vieira da Silva, com a ajuda de uma sobrinha, conseguiu contato com quatro irmãos que ele não vê desde a infância, quando foi embora do estado nordestino com o pai.
Esse parece ser um dos capítulos finais de uma vida marcada desencontros e distância, isso porque antes de encontrar esse últimos quatro irmãos, Antônio havia passado 40 anos sem contato com outro irmão, com quem saiu junto do pai no Rio Grande do Norte.
Antes de chegar ao ponto que estamos, é preciso resgatar a história do pai de Antônio. Tudo começou em 1961 quando o senhor Sebastião Vieira da Silva, que morava em Ridinha, no Rio Grande do Norte, foi para Minas Gerais em busca de trabalho.
Meu voltou em 1962 e disse que teria de retornar a Minas e perguntou quem queria ir com ele. Fomos eu e um irmão”, conta Antônio se referindo ao irmão de quem se separou depois.
Na ocasião o filho José Vieira da Silva e seu irmão Antônio Vieira da Silva aceitaram e junto com o pai saíram da do Estado do Rio Grande do Norte rumo a um lugar denominado o Canal de São Simão que era próximo Ituiutaba/MG, deixando para trás a dona de casa Alzira Ana da Conceição e mais cinco filhos, sendo eles João Vieira da Silva, Manoel Vieira da Silva, Francisco Vieira da Silva, Geraldo Vieira da Silva e Malvina Vieira da Silva.
“Em 1972 eu vim pra Caarapó com meu pai e meu irmão foi pra Mato Grosso, a partir desse momento ficamos 40 anos sem se falar. Nos reencontramos em 2015 graças a minha sobrinha, filha dele".
Na última semana, essa mesma sobrinha, Renata Cristiane Vieira da Silva, deu outro presente ao pai e ao tio. Ela entrou os outros irmos que ficaram no Rio Grande do Norte. Foram quase 60 anos em se falarem.
A gente criou um grupo no WhatsApp e conversamos todo dia. Eu saí de lá adolescente, então lembro bem de todos. A ideia é que a gente se reencontre pessoalmente no ano que vem”.
A mãe de Antônio faleceu há cerca de dois anos. Sobre poder rever os entes depois de tanto tempo, Antônio diz que nem acredita.
“A gente sempre teve esperança, mas achava muito difícil pelo tempo principalmente. Não consigo nem expressa minha felicidade e reencontrá-los”.
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