História de 2 amores começou com os pais e se repetiu com filho no São Julião
Brasileiro cresceu no hospital e italiana veio como voluntária, assim como aconteceu com os pais dele
O hospital São Julião foi o lugar escolhido para celebrar do professor universitário brasileiro Giovanni Pellizer, de 27 anos, e da terapeuta italiana Sonia Menabreaz, 33. No sábado (24), às 9h30, os dois se casaram na capela do lugar e comemoraram na quadra esportiva, em um almoço caipira para 200 convidados.
“É aqui que a gente começou tudo. A paixão, foi tudo aqui”, diz Giovanni, explicando o local escolhido. “Além de ser um lugar muito bonito”.
O Lado B conta essa história de amor, que tem o São Julião como o cenário principal. Tudo começou há 41 anos, quando a enfermeira italiana Gabriella Pellizer, mãe de Giovanni, veio para o Brasil para ser voluntária no hospital. Aqui, ela conheceu o também italiano Lino, que trabalha na setor de manutenção da instituição. Eles casaram e tiveram Giovanni, que cresceu na comunidade do hospital.
Três décadas depois, Sonia, a terapeuta craniossacral italiana, desembarcou em Campo Grande para um estágio voluntário de seis meses no São Julião. Conheceu Giovanni, e se tornaram amigos. Ela voltou para a Itália, e a amizade continuou firme e forte, via Skype. Foi só em 2009, quando Sonia tirou férias no Brasil, que eles se declararam apaixonados, e o namoro começou.
Foram seis anos de relacionamento à distância, até que “não tava mais dando pra aguentar”, diz Sonia. Pelo relacionamento, ela decidiu se mudar da Itália, e vir para Campo Grande. “Eu vim por ele”, confirma. Antes do casamento, fizeram um mochilão pela América Latina e as fotos são parte da decoração da festa de casamento.
A mãe de Giovanni, Gabriella, fala sobre como o São Julião se tornou um local especial para a família. “Eu me casei aqui, há 30 anos, meu outro filho se casou aqui, em 2001, e agora o Givanni. O hospital é muito especial, mas principalmente pelos pacientes, que são o motivo de estarmos aqui”, destaca.
“Muita energia boa que está envolvida nesse ambiente, a emoção é maior ainda. Minhas raízes estão aqui, nossa história está no hospital”, resume Giovanni.
Despojados - Os noivos chamaram atenção também pelo figurino, menos formal e mais divertido. “Eu não uso gravata, só estou usando hoje”, confessa Giovanni, que entrou na igreja com um traje azul, quase brilhante. “Eu queria uma cor um pouco diferente, mais alegre. É um dia feliz, acho que esse azul vai trazer mais felicidade”, explica.
Sonia também se diz uma pessoa mais simples, e usou um vestido branco bonito e discreto. “Eu não gosto dos casamentos grandes, de coisa complicada. Quis fazer uns detalhes muito celta. Minha região da Itália era celta”, conta.
Segundo os convidados presentes, além dos figurinos alegres, a cerimônia foi emocionante. “Foi tudo muito bonito, é um casal apaixonado”, concluiu um dos amigos, Jeferson Soares, 26.
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