Marcos não é "profissa", mas pega "peixão" de quase 2 metros e 70 kg
No esquema do pesque e solte, toda semana o douradense faz prática da pescaria esportiva e só fisga peixe grande – “é sorte”, diz
Questão de um mês atrás, Antônio Marcos da Silva Oliveira “laçou” o maior peixe de sua carreira enquanto pescador “de fim de semana”. O peixe não era boi, mas media 1,78 metro e pesava mais de 70 quilos. Nada mais do que um baita de um pintado. Na esportiva, o pescou e devolveu nas águas do rio Dourados.
É preciso conhecimento, prática, muita paciência e determinação. Claro que um pouco de sorte sempre cai bem”.
“Não adianta só fazer força, tem que ‘chamar’ ele a vir. O coração fica batendo a mil, mas ter calma é fundamental. Fora que a ajuda dos meus companheiros, ajudando na hora do embarque, deu um respiro. Tive que puxar no muque”, confessa.
Veja o momento em que o pintado foi capturado por Marcos:
Lágrimas, gritos e muita emoção. A imagem por trás da captura do “peixão”, conforme Marcos relata, mostrou uma mistura de sentimentos. “O peixe puxando a linha, a sensação de perdê-lo… é o maior frenesi. Esse pintado com certeza pesava facilmente uns 70 quilos sozinho. Foi difícil levantá-lo, ainda mais que não podemos macucá-lo, mas deu certo”.
Quando criança morando em sítio no interior do Estado, via o avô Seu Manoel e o pai Ruberval pescarem uma boa peixada para o almoço. Mas a pescaria só voltou para a vida de Marcos há 6 anos, quando o tio Antonio o convidou a subir uma embarcação e sair pelas águas de rio.
“A paixão veio tão fulminante que na outra semana já parcelei em muitas vezes um conjunto de barco a motor para iniciar minhas atividades finalmente aprender a arte da pesca”.
A sensação do peixe na ponta da linha é algo que se leva pra vida toda, com certeza".
Desde então, o publicitário de formação e pescador de coração percorre semanalmente em busca de “lançar” um gigante cada vez maior para quebrar seu recorde anterior – sempre devolvendo o animal aquático para a liberdade ao final.
“Me empenho pela consciência da pesca esportiva que, além de garantir a proteção das espécies, fomenta tantos pólos econômicos e turísticos em nosso Estado. E o prazer de devolver um peixe ao rio é muito maior do que ter ele congelado em seu freezer”, garante.
Para ele, o sucesso de uma pescaria não só a busca incansável por um bom peixe, mas toda a trajetória da viagem, as amizades feitas no caminho e parceria entre pescadores. Pela pescaria, conforme opina, aprendeu a ser mais respeitoso, solidário e paciente.
“E o mais importante de tudo: não importa o barco mais veloz, a tralha de pesca mais cara. Isso não te fará o melhor pescador do rio. O que vale mesmo é ter amigos para se pescar”.
Gigantes Rio Dourados – Marcos organiza um evento voltado justamente à preservação das espécies naturais do rio, onde os competidores medem o que pescaram na régua oficial, concorrendo à prêmios.
Nosso Estado é farto em tantas outras coisas, por que não fomentar isso e crescer em turismo de pesca?", questiona.
“Posso dizer que já capturamos e catalogamos mais de 500 peixes de grande porte, todos eles devolvidos pra água. O legal é que não é só os homens que participam da pescaria, mas teve até mulheres envolvidas, uma delas campeã da categoria piracanjuba”.
Confira outras pescarias de Marcos no seu perfil do Instagram.
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