No grupo de risco, o que será do Papai Noel na pandemia?
Tradicional Papai Noel, Roberto ainda está sem nenhum contrato fechado para a celebração deste ano
Já faz 14 natais que Roberto Ribeiro tem sua agenda lotada nos últimos dois meses do ano, principalmente dezembro. Conhecido em toda cidade como Papai Noel, Roberto aproveita sua barba branca natural para encarnar o bom velhinho e fazer uma renda extra nesse período.
Aos 67 anos, no grupo de risco para quem pode contrair o coronavírus, portanto, Roberto se viu, esse ano, sem nenhum contrato fechado ainda. “Nos outros anos eu já estaria com vários contratos fechados uma hora dessa, mas até agora ninguém entrou em contato comigo”, diz Roberto que tem um único acordo feito para entrega de brinquedos no dia 24 em um condomínio da Capital.
Roberto diz que por ele não teria problema em trabalhar, mesmo com a pandemia. “Se me chamassem eu iria trabalhar sim, mas o problema não sou nem eu, são os contratantes que não querem contratar alguém da minha idade”.
Em pé, atrás do balcão do também famoso bar no bairro Amambaí, Roberto lamenta a situação inesperada. “Isso é péssimo, eu fico triste, mas fazer o que né, se não me contratarem, não tenho o que fazer”.
Outro evento conhecido, a chegada do Papai Noel no Shopping Bosque dos Ipês, no dia 7 desse mês, também será afetado. O shopping anunciou que montou um plano de biossegurança que impedirá, inclusive, as crianças de sentarem no colo do Papai Noel.
Conforme anunciado, para respeitar o distanciamento, cada grupo de até cinco pessoas da mesma família ficará em um camarote, delimitado com grades e distanciamento de dois metros entre cada grupo. A entrada será controlada, com aferição da temperatura de todos e obrigatoriedade da máscara. O Papai Noel se apresentará em um palco junto de outras atrações, como o grupo de teatro Circo do Mato e o maestro Eduardo Martinelli e orquestra, tocando canções natalinas clássicas para os espectadores entrarem no clima.
"Preparamos esse evento de chegada com muito cuidado e carinho para que as famílias campo-grandenses possam curtir esse momento mágico com suas crianças. Não tem como deixar de lado datas assim, que criam belas memórias e histórias, por isso, preparamos da melhor maneira possível, com tudo que esse ano tão atípico pede", pontua Adriana Flores, superintendente do Bosque dos Ipês.
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