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Comportamento

No lixo, Magno encontrou forma de aprender até sobre o rock regional

Quadros de eventos na Capital estão na lista de itens colecionados e que seriam jogados fora

Aletheya Alves | 18/08/2023 07:21
Quadro de "noite do rock" na Capital, em 1985. (Foto: Juliano Almeida)
Quadro de "noite do rock" na Capital, em 1985. (Foto: Juliano Almeida)

Mantendo a curiosidade ativa e com os olhos atentos enquanto caminha pela cidade, Magno Pereira da Costa encontrou formas de aprender até sobre o rock regional com itens que seriam jogados fora. Compondo sua coleção, quadros da cena musical campo-grandense na década de 1980 são exemplos que despertaram seu interesse.

“Tenho quadros que já estavam no lixo, outros em caçambas, mas tudo seria descartado. Isso dá até discussão aqui em casa, mas eu gosto demais da coleção”, resume Magno sobre seu pequeno acervo. E, a partir dos achados, ele narra que assim vai encontrando formas de aprender mais sobre tudo.

Tendo um gosto especial pelos cartazes de rock, ele narra que seus conhecimentos eram pequenos antes de encontrar os quadros. “Eu não sabia quase nada, mas me chamou atenção. Tenho um de 1985 e outro de 1984 que são bem interessantes”.

O mais antigo, datado de 13 de abril de 1984, é referente ao 1º concerto de rock realizado no teatro do Horto Florestal. Nele, quem se apresentou foi o Grupo Alta Tensão, tendo como convidados Carlos Colman, Orlando Brito e Simona.

Cartaz do 1º concerto de rock do Horto Florestal foi encontrado como descarte. (Foto: Juliano Almeida)
Cartaz do 1º concerto de rock do Horto Florestal foi encontrado como descarte. (Foto: Juliano Almeida)

Já o outro registro é da noite do rock no Clube Surian, marcado para 31 de dezembro de 1985. “Teve o lançamento da banda HP Rock nessa noite e quando vi sobre os quadros, os dois, resolvi ir atrás. Por exemplo, no do Horto tinha o nome do Simona e fui falar com ele”.

De acordo com Magno, querendo expandir os aprendizados, conseguiu emocionar o músico que segue na ativa e já foi matéria do Lado B. “Ele relembrou de como era naquela época, tinha um movimento na música. Alguns eventos eram feitos para ajudar algumas pessoas, um deles era para ajudar um músico, por exemplo”.

Com as referências em mãos, ele explica que segue procurando por informações e, ao invés de apenas guardar os quadros, cada item significa um novo aprendizado.

Além dos itens de rock, Magno também já encontrou peças variadas, todas que também haviam sido descartadas. “Um dia, andando, vi um quadro do Lelo, que é um artista daqui. Ia ser jogado fora e, quando vi, resolvi levar para casa”.

Durante uma viagem a Bonito, o morador de Campo Grande encontrou outras obras do mesmo artista e percebeu que enquanto aquela peça específica seria esquecida, outras eram valorizadas.

Na coleção, ainda há divulgações de bandas internacionais, jornais impressos e outros quadros artísticos. E, mesmo não tendo pretensão de se desfazer, ele conta que costuma receber ofertas para venda.

“Não me desfaço, eu gosto bastante de ter encontrado, de aprender. E vou continuar fazendo isso, continuar olhando, procurando e colecionando”, completa Magno.

Confira a galeria de imagens:

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