Noiva ficou anos monitorando previsão, mas casou justo na chuva
Sonho era ter uma cerimônia ao ar livre com pôr do sol, mas festa mudou radicalmente em pouquíssimas horas
Casados no civil há seis anos, foram nos últimos dois, que os servidores públicos Carolina Rodi Amaral e Kaoye Guazine Oshiro, ambos de 31 anos, decidiram celebrar a união com uma festa bem elaborada para brindar a felicidade junto aos amigos e a família. E o maior sonho da noiva era dizer “sim” com o pôr do sol como cenário em uma cerimônia ao ar livre. Ela estava há anos e meses sonhando com a previsão do tempo de um dia ensolarado, mas, no fim de semana da cerimônia, o pé d’água pegou todo mundo de surpresa, e o que poderia ser um desastre virou um casamento ainda mais inesquecível para os noivos.
Os dois se conheceram em 2013, no Fórum de Campo Grande. Ela era estagiária e ele já servidor público. O primeiro beijo veio na virada do aniversário dela, mesmo dia que os dois assistiram a uma partida de futebol juntos.
No dia seguinte, os parabéns dele chegaram com buquê de rosas e o livro “Como Passar em Um Concurso Público”. “Desde então, não nos desgrudamos mais”, lembra Carolina. Um mês depois, surgiu pedido de namoro e um ano depois, o pedido de casamento, consumado no civil em 2015.
Foi então que anos depois, os dois sentiram que havia chegado o momento de ter uma grande festa. Carolina sonhava casar ao ar livre e com o pôr do sol que encanta em Mato Grosso do Sul. Ela até comprou leques para as convidadas pensando que o dia cerimônia estaria aquele calor danado.
No entanto, no dia do casamento, a chuva caiu com tudo. E as fotos provam isso, com registros da entrada e saída dos noivos com guarda-chuvas e uma mudança radical em pouquíssimas horas, que entrou para a história da família.
Os dois casaram no dia 10 de outubro. Essa foi segunda data escolhida pelo casal, que teve outra data cancelada por conta da pandemia. De início, o casamento era para ter acontecido no dia 29 de agosto de 2020, próximo ao aniversario de cinco anos de união deles, mas com os casos de covid-19 nas alturas e as restrições, o casal teve de remarcar.
“Ao escolher essa data, olhei num site de previsão do tempo mensal e lá dizia que era baixa a chance de chover no dia, que o pôr do sol seria 17h40 e que era noite de lua crescente – e dizem que quem casar na lua crescente, o amor cresce”, lembra Carolina.
O casamento estava agendado para domingo. Mas, no sábado, a chuva deu as caras. “As previsões para domingo não eram favoráveis, mas mantivemos a cerimônia ao ar livre até o início de domingo. Quando vimos que não daria mesmo pra fazê-la ao ar livre, decidimos fazer na capela”.
Carolina sabia que tinha planejado o dia perfeito, queria muito a cerimônia ao ar livre, mas foi obrigada a compreender que algumas coisas fogem do alcance. “Como a natureza”, cita. “Nesse momento, só me restavam duas opções: chorar ou aproveitar. Então, eu aproveitei. E foi melhor do que eu imaginava. Após seis anos de casada, posso dizer que valeu a pena a espera e que foi inimaginável”.
Com mudança de planos de última hora e a sorte de ter uma capela preparada no local escolhido para a cerimônia, Carolina viu a equipe da decoradora Mara Ceolim e da cerimonialista Ticiana Contis se desdobrarem e garantirem a festa dos sonhos em pouquíssimas horas. “Tanto a festa como a cerimônia foram muito elogiadas”.
A noiva tinha investido a maior parte da decoração na área externa e, apesar de ter que mudar tudo para o salão coberto, ela resolveu deixar esses detalhes nas mãos dos fornecedores e curtir o dia de noiva sem dor de cabeça. “Fiquei em paz, com o coração tranquilo, certa de que eu escolhi os melhores profissionais da área, que entenderam o meu gosto, que estavam em sintonia comigo e fizeram a melhor cerimônia e festa que eu poderia imaginar. Foi surreal. Quando me pego pensando, não acredito que aconteceu comigo”.
No grande dia, minutos antes do sim, Carolina se aproximou da janela e viu a chuva cair. Naquele momento, não houve tempo para tristeza. “Pude ver nossos convidados chegando. Apesar da chuva, eles foram compartilhar da nossa felicidade. Tem coisa melhor que isso?”, questiona. “Naquele momento, percebi que a chuva fez toda diferença. Deixou tudo mais lindo e nos mostrou que o mais importante era celebrar o nosso amor com as pessoas próximas, que fizeram o possível para estarem presentes”.
Ao entrar na capela e ver que tudo estava melhor do que ela sonhava, Carolina não conteve as lágrimas. A celebração ficou por conta da Ana Em Conto, que falou sobre o amor de forma mais leve, sem protocolos, sem formalidades, sem ritos religiosos, como o casal queria.
Depois do “sim”, a festa continuou com rock, Dj e saxofonista. “Mesmo com a chuva, que em alguns momentos foi intensa, o pessoal estava animadíssimo. No final, ainda tinha muita gente na pista de dança e não queríamos ir embora”.
Quando foram curtir a lua de mel, Carolina e Kaoye se deram conta que, talvez, nenhum estudo ou previsão de sol impediria a água de cair no casamento deles. “Acho que a chuva é a nossa marca. Choveu no nosso noivado, em junho de 2013 e no nosso casamento civil, em setembro de 2015. Acho que se escolhêssemos qualquer outra data, choveria também”, finaliza a noiva.
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