Pix errado faz salgado custar R$ 1 mil e vendedor honesto salva o dia
Na correria, Silvana pagou valor errado em lanche e sorte foi ter enviado o dinheiro para alguém honesto
Em meio à correria no horário de almoço, a técnica de enfermagem Silvana Maria Lofrano acabou pagando R$ 1 mil no salgado que custava R$ 10. Sem perceber o erro, ela voltou para o hospital e foi surpreendida com a honestidade de Honório Alexandre Benitez de Matos.
“Agradeci e disse obrigada pela honestidade porque, hoje em dia, existem pessoas assim. Eu conheço muita gente boa e honesta, mas infelizmente é a minoria”, descreve Silvana. Enquanto há alguns anos, as notícias de pessoas que encontravam notas de dinheiro é o que chamava atenção, hoje o formato mudou, mas a honestidade ainda é destaque.
Infelizmente, com tantos golpes sendo ampliados, tanto Silvana quanto Honório sabem que a honestidade acaba sendo exceção.
Contando sobre como tudo aconteceu, a técnica de enfermagem do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) explica que foi ao trailer de Honório e decidiu pagar no Pix, como de costume. Achando que tinha enviado o valor correto, voltou com pressa para o trabalho.
Alguns minutos depois, ela recebeu uma ligação da coordenação do ambulatório falando sobre o pagamento. “O Honorino disse que ele percebeu o erro e perguntou para uma colega de trabalho se me conhecia, então entrou em contato e devolveu o valor que paguei a mais”.
No caso de Silvana, essa foi a primeira vez que fez um Pix errado. A sorte é de que, para facilitar a devolução do dinheiro, a esposa de Honorino também trabalha no hospital.
Apesar de ser difícil alguém errar o valor na hora da transferência, ele comenta que já aconteceu outras vezes. A diferença é que ficou mais difícil encontrar o dono do dinheiro com a alta demanda e movimentação da lanchonete.
“A situação é complicada. Há muitas pessoas com má intenção que não se preocupam com as outras. Felizmente, o caso aqui é que reconheci a cliente e fui atrás”, descreve Honorino.
Para ele, a devolução é algo óbvio, mas faz questão de destacar a importância de se pensar sobre isso. “Penso que não devemos tomar posse de algo que não é nosso, pois a cobrança vem depois e de uma maneira pior. Vale lembrar que o que você não quer para si, não faça e nem deseje para os outros”, completa.
E, para quem segue em dúvida sobre como agir ao fazer um Pix errado, a orientação do Banco Central é entrar em contato com o destinatário caso o erro seja seu. Mesmo sem existir regras claras sobre a devolução com o engano, o Código Penal pode enquadrar o ato de não devolver o valor como apropriação indébita.
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