Presente de equipe foi ver 18 pessoas voltarem para o abraço da família
Neste ano, equipe de assistência social convenceu 18 moradores em situação de rua a voltar para casa
Todo ano é comum ver ações e pessoas dedicadas a transformar o Natal de quem está longe da família, especialmente moradores em situação de rua, mas, neste ano, um número que para alguns pode parecer pequeno, foi o melhor presente de Natal para uma equipe que há mais de uma década atua com a assistência social em Campo Grande.
Giany Costa é assistente social e coordenadora da Uaifa I (Unidade de Acolhimento Institucional para Adultos e Famílias), no Jardim Veraneio, endereço que recebe migrantes e pessoas em situação de rua. Neste sábado (24), ela e parte da equipe da SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social) que prepararam um almoço de Natal aos acolhidos, comemoraram o retorno de 18 pessoas para o abraço da família.
O número é significativo, já que em anos anteriores o número de acolhidos na unidade foi bem maior. “Um recorde para gente”, diz Giany. “Isso significa que são 18 pessoas tendo chance de retornar para sua família, para suas referências”, celebra Giany, que há 12 anos trabalha na pasta.
O esforço para proporcionar a reintegração familiar não é simples, já que a unidade recebe pessoas com diferentes histórias de vida. A vontade de retorno para casa não cabe só a família, depende também do acolhido.
“Nosso público precisa da nossa presença e perseverança para convencê-los sobre o nosso trabalho, para empoderá-los, sensibilizá-los para receber o atendimento e ainda mostrar que todos podem ter uma nova chance. Nem sempre isso é fácil porque muitas vezes eles estão adoecidos mentalmente ou fazem uso de psicoativos”, destaca Tereza Cristina Miglioli Bauermeister, psicóloga e superintendente da Proteção Social Especial da SAS.
Dos 18 acolhidos que toparam voltar para a família, alguns são de fora de Mato Grosso do Sul. “Essa semana, devido ao Natal, as famílias ficam mais sensíveis e os acolhidos mais sensibilizados. Essa sensibilização acaba convencendo eles de que há uma chance de reatar os vínculos familiares. Depois, o trabalho é para que esse vínculo se mantenha. Eu me identifico muito com esse cenário porque vim de uma família de vulnerabilidade, então sei o quanto é importante essa reaproximação”, destaca Giany.
Já para Tereza, saber do sorriso e do abraço de quem voltou para casa, não tem preço. “É um trabalho que a gente faz com técnica, mas também com humanização e amor, não tem como separar. Por isso, essas 18 pessoas que tiveram a reintegração familiar são um presente enorme neste Natal”.
Já para quem ficou na unidade neste Natal, a equipe preparou um almoço especial com churrasco e entrega de panetones. Neste domingo, haverá entrega de marmitas novamente.
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