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Comportamento

Regina estende tapete em praça e abre as cartas para falar sobre amor

Bruxa há 7 anos, ela confirma que a curiosidade maior é sobre relacionamentos, inclusive, entre amigos

Bárbara Cavalcanti | 03/11/2021 08:25
Regina abrindo as cartas no Bosque da Paz. (Foto: Kísie Ainoã)
Regina abrindo as cartas no Bosque da Paz. (Foto: Kísie Ainoã)

O Bosque da Paz, no Bairro Carandá Bosque, é onde Regina Helena Oliveira Rondon Pontes, de 40 anos, estende sua manta no gramado, acende o incenso e abre as cartas do tarot para quem estiver disposto a acreditar. É possível consultar as cartas sobre qualquer assunto: saúde, trabalho, amizades e a vida amorosa. “Mas a maioria, tanto homens quanto mulheres, quer saber só sobre a vida amorosa mesmo”, comenta.

Regina é bruxa e oferece a leitura do tarô há 7 anos. “Eu mesma fui em uma taróloga para saber sobre minha vida amorosa”, ri. “Mas na hora, quando ela abriu as cartas, eu mesma li as cartas, nem precisei dela. Então, ela me disse que eu tinha o dom”, relembra.

Desde então, utiliza as cartas tanto como expressão de sua espiritualidade quanto para fazer o bem aos outros. Começou atendendo amigas e conhecidos, mas agora, faz o atendimento profissionalmente cobrando o valor de R$ 100. “É uma troca. As pessoas chegam aqui e elas aprendem comigo, tanto quanto eu aprendo com as pessoas”, expressa.

Regina durante entrevista com o Lado B. (Foto: Kísie Ainoã)
Regina durante entrevista com o Lado B. (Foto: Kísie Ainoã)

A função do tarot é aconselhar e mostrar o caminho, conforme explica Regina. “Mas a pessoa precisa fazer a parte dela também. Eu ajudo, aconselho, dou um auxílio, mas a pessoa também precisa fazer o que ela está procurando pra conseguir”, reforça.

Um atendimento demora até 2h e sempre com hora marcada. “As pessoas vêm aqui para conversar antes. Muitas das minhas clientes, eu já nem vejo como clientes, são minhas amigas mesmo. Uma diz, inclusive, que eu sou mais que bruxinha, eu sou quase uma terapeuta”, se diverte.

Primeiro, ela abre as cartas e depois, a pessoa pode fazer perguntas sobre o assunto que quiser. “A esmagadora maioria quer saber sobre relacionamento. Se o marido ou esposa está traindo, como faz para conseguir a pessoa de volta, se vai conseguir alguém. Durante a pandemia, também as pessoas ficaram bem carentes, teve muita procura”, explica.

O espaço aberto foi escolhido propositalmente. Além do bosque ser um espaço tranquilo e agradável para uma conversa sobre assuntos tão pessoais, ainda serve como neutralizador de energias. “Eu não abro as cartas na minha casa de jeito nenhum. Eu lido com energias, então, não carrego nada disso pra dentro da minha casa. Assim, aqui, ao ar livre, já é onde fica tudo”, detalha.

Regina abrindo as cartas para uma cliente. (Foto: Kísie Ainoã)
Regina abrindo as cartas para uma cliente. (Foto: Kísie Ainoã)

Mas nem só de situações edificantes vive Regina, pois, de vez em quando, passa por algumas saias justas com os clientes. “Geralmente, as pessoas vêm sozinhas, mas dessa vez, a menina veio com a amiga e me disse: ‘Eu quero ver se ela é minha amiga de verdade'. E as cartas começaram a revelar que realmente tinha algo acontecendo. A amiga começou a chorar e pedir perdão e, então, a cliente me disse: ‘Agora me diz que se o arrependimento dela é sincero’”, relata.

Ainda outra vez, disse que um homem lhe pediu para ficar milionário. “Ele me perguntou se tinha como e eu disse: ‘Tem sim: trabalhando muito, indo pra luta’. Ele achou que eu estava brincando. Mas as pessoas, às vezes, têm umas ideias erradas sobre o tarot”, conta entre risadas.

Baralho de tarot aberto com bruxinha como porta-incenso de Regina. (Foto: Kísie Ainoã)
Baralho de tarot aberto com bruxinha como porta-incenso de Regina. (Foto: Kísie Ainoã)

Regina não é uma bruxa que é pagã, nem se veste toda cheia de flores. Gosta de roupas pretas, no estilo quase que gótico, e acredita muito em Deus. “Acima de todos nós, está Deus. E eu acredito que eu só consigo fazer isso graças a Ele, porque eu recebo muitos feedbacks positivos, de realmente ter ajudado as pessoas. E eu amo fazer o bem. Então, se isso está fazendo bem para as pessoas, é porque ele me permite. Mas eu sou só um auxílio, uma ajuda”, ressalta.

Para agendamentos e mais informações, basta entrar em contato no telefone (67) 99208-6352.

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