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Seleção para cães dos Bombeiros encanta pela fofura e dedicação

Aprovados atuarão em atividades terapêuticas promovidas pelo Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul

Por Thailla Torres e Gabi Cenciarelli | 16/02/2025 09:39
Seleção para cães dos Bombeiros encanta pela fofura e dedicação
Importante destacar que os cães não participam sozinhos; o tutor sempre acompanha e faz parte das atividades.

O fim de semana foi de seleção inusitada, repleta de fofura e orgulho para quem ama cachorro. Diferente das tradicionais provas de acesso para segurança pública, a seleção do projeto "Cão Herói, Cão Amigo" testou habilidades e comportamento dos cães voluntários que atuarão em atividades terapêuticas promovidas pelo Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS).

A fase presencial da seletiva reuniu entre 15 e 20 cachorros de diferentes raças e idades, incluindo vira-latas. Antes desse momento, os interessados passaram por uma triagem por meio de formulário online, onde informaram sobre o perfil do animal e a disponibilidade para participar do projeto. Importante destacar que os cães não participam sozinhos; o tutor sempre acompanha e faz parte das atividades.

Seleção para cães dos Bombeiros encanta pela fofura e dedicação
Gabi Cenciarelli esteve na seleção acompanhando tudo de perto e levando seu próprio cachorro para participar do processo.

A repórter Gabi Cenciarelli esteve na seleção acompanhando tudo de perto e levando seu próprio cachorro para participar do processo. "No início, ganhamos petiscos, e depois os cães passaram por testes para avaliar como reagiriam a diferentes situações que podem encontrar no projeto", relatou. "Cada cachorro teve um momento individual para demonstrar obediência a comandos básicos e também sua reação a interações inesperadas, como ter o rabo e as orelhas puxadas, simulando o contato com crianças."

Outro teste envolveu a interação com cadeirantes. "Os instrutores observam como os cães se comportam ao receberem um abraço de uma pessoa sentada em cadeira de rodas, para garantir que são tolerantes e afetuosos", explicou. Além disso, o comportamento dos animais foi avaliado em grupo, verificando a convivência com outros cães.

Um projeto de impacto social

A seleção ocorreu no Quartel do Parque dos Poderes e começou cedo, às 7h30, com todos os participantes vestindo calça jeans e blusa vermelha ou branca, além de sapato fechado. Durante a manhã, a tenente-coronel Marlise Helena de Barros, do Corpo de Bombeiros, destacou a importância da iniciativa.

"Os cães do projeto são voluntários, tanto de militares quanto de pessoas da sociedade civil, para participar de atividades terapêuticas em hospitais e escolas, especialmente com crianças e pessoas com necessidades especiais", explicou. Segundo ela, o foco da seleção está na sociabilidade dos cães. "Eles precisam gostar de interagir com pessoas e serem capazes de suportar contatos físicos mais bruscos, pois, em algumas situações, crianças podem abraçar ou puxar o animal de forma inesperada."

O impacto do projeto é amplo e mobiliza um grande número de pessoas. "Atuamos há mais de 10 anos, realizando diversas ações em locais públicos, como shoppings, escolas e hospitais. Com isso, conseguimos alcançar e impactar mais de mil pessoas ao longo do ano", ressaltou Marlise.

A presença dos cães traz conforto emocional para quem participa das atividades. "A presença deles proporciona um acalento, uma alegria imediata. Sempre que alguém vê um cão, a reação natural é abrir um sorriso. Essa energia positiva contagia tanto os atendidos quanto os próprios tutores, que também sentem a gratificação de fazer algo pelo próximo", afirmou a tenente-coronel.

Apesar da crença de que apenas raças como golden retriever podem participar, a seleção é aberta a todos os cães que tenham o perfil adequado. "Temos cães de todas as raças e também sem raça definida. A inclusão é um dos nossos pilares e, para se ter uma ideia, temos até mesmo um cãozinho cadeirante que participa do projeto", contou Marlise.

Seleção para cães dos Bombeiros encanta pela fofura e dedicação
Breno da Silva, de 23 anos, levou sua pug Pink, de 11 meses, para participar do processo.

O sonho de ser um "cão bombeiro"

Para muitos tutores, a seleção é uma oportunidade de aproximar seus pets de uma missão especial. Breno da Silva, de 23 anos, levou sua pug Pink, de 11 meses, para participar do processo. "Acho muito legal essa conexão entre o cachorro e o ser humano, especialmente no ambiente hospitalar, onde a alegria que eles trazem faz toda a diferença", afirmou Breno, que também é estudante de enfermagem. Ele brincou sobre a raça de sua cachorrinha: "Muita gente acha que só goldens podem participar, mas estamos aqui com uma pug, que é famosa por ser preguiçosa, mas também é muito amorosa e tem energia para essa missão."

A comunicadora Fernanda Martins, de 43 anos, levou sua shih tzu Aisha, de 8 anos. "Ela ama carinho e adora pessoas, então achei que poderia ser uma boa experiência para nós duas", disse Fernanda. "Se não passar dessa vez, tudo bem. O importante é que estamos participando e mostrando que qualquer cãozinho pode ter a chance de espalhar amor e alegria."

O resultado da seleção será divulgado ao longo da semana, e os cães aprovados passarão por treinamentos específicos antes de iniciarem as atividades oficiais do projeto. Mas independentemente da aprovação, a seleção em si já proporcionou um momento pra ficar na história de tutores e seus fiéis companheiros.

Seleção para cães dos Bombeiros encanta pela fofura e dedicação
A fase presencial da seletiva reuniu entre 15 e 20 cachorros de diferentes raças e idades.


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