Sem medo do perigo, amigas navegam por rios em busca de aventura e pescaria

Em busca de pescaria e diversão as amigas Carolina Pitthan, Ana Carolina Borin e Isabella Medeiros resolveram embarcar numa aventura pelo rio Aquidauana, no distrito de Palmeiras, a 105 quilômetros de Campo Grande. Sem medo do perigo, elas pegam a linha e anzol e navegam pelas águas enquanto pescam e até fazem churrasco na beira do rio.

“A gente vai descendo o rio por uma hora e meia, depois para em alguma prainha e monta uma churrasqueira, nas pedras mesmo. Fazemos o almoço, levamos shoyu para o sashimi, gengibre. Enquanto comemos peixe ouvimos música na caixinha de som”, conta Carolina.

Um piloto acompanha as amigas enquanto desbravam a natureza. A jornada começa cedo, logo no primeiro horário da manhã para dar tempo de aproveitar ao máximo a calmaria do local.

“É muito bom pescar entre mulheres, a gente pode falar o que quer. Contratamos um piloto de barco para ajudar. É como se fosse uma terapia, um jeito de descansar da correria do dia a dia, esfriar a cabeça”, explica.

Carolina é advogada e relata que o gosto pela pesca surgiu na infância. Seu pai sempre teve chácara, adorava a vida na beira do rio e a ensinou a arrumar a isca no anzol. A emoção de arremessar a linha pela primeira vez tomou conta, e é seu momento preferido.

“Minha infância inteira foi assim. Nas férias eu ia para o sítio, onde a gente brincava e pescava. Todas as minhas lembranças de quando era pequena são de estar no rio e sempre gostei. Arrumei um marido que também gosta de pescaria”, comenta Carolina.

Há 15 anos, ela conheceu Ana Carolina e descobriu que tinham um gosto comum pela pesca. “Meu marido pesca com o irmão dela e, às vezes, íamos também. Até que no ano passado resolvemos fazer uma pescaria só de mulheres, e fomos”, relata a advogada.

A primeira aventura aconteceu na metade de 2018 e foi emocionante. Elas conseguiram relaxar, ver os peixes pulando na água e sentir o anzol fisgar. A diversão é consciente e a regra das amigas é pescar apenas o que vai consumir e soltar o que não for levar. “A ideia é não trazer e ter esse momento de lazer e brincadeira”, completa Ana Carolina.

Aos 28 anos, ela é dentista e conta que também aprendeu a pescar com o pai. “Gosto desde criança por conta dele. Era pescador e toda vida o acompanhei”, lembra. Há alguns anos ele faleceu, mas deixou vivo no coração da filha a paixão pela pescaria.

Agora, com Carolina a parceria também é certa e a dentista fala da emoção de estar no rio. “É libertador, traz paz para a mente e é igual quando só homens vão. A gente pesca usando carretilha, molinete. É a melhor coisa ficar longe da cidade, do celular, onde o wifi não pega. Geralmente vamos em locais que dão para alugar um quarto para dormir”.

No começo deste mês elas voltaram ao local e levaram mais uma amiga, a dentista, Isabella Medeiros. Para mostrar que não estão pra brincadeira fizeram até um “uniforme”, com camisas rosa que compraram.

Por enquanto as pescarias estão acontecendo uma vez ao ano, porém a ideia é aumentar os encontros e incentivar mais mulheres a encarar os passeios. Quem quiser fazer parte do grupo pode entrar em contato com Carolina pelo número (67) 9 9272-1050. Ela vai conversar com as participantes para programarem uma data boa para todas se divertirem juntas.

Elas também fazem parte do grupo “Donas do Rio”, onde também compartilham as fotos e informações dos passeios.

Curta o Lado B no Facebook e no Instagram

O que era rápido, melhorou! Seja exclusivo, cadastre o telefone (67) 99981-9077 e receba as notícias mais lidas no Campo Grande News pelo seu WhatsApp. Adicione na sua lista de contato, mande um "OI", e automaticamente você será cadastrado.