Torcedores eternizam paixão por times de Mato Grosso do Sul em tatuagens
Torcedores estão ansiosos para o clássico Comerário, que acontece neste domingo (06) no estádio Morenão
De um lado Edson Cândido Garcia, 59 anos, torcedor do Esporte Clube Comercial, do outro Wanessa Martins Perez Diogo, 33 anos, torcedora do Operário. Apesar de rivais em campo, os dois carregam a mesma intensidade de amor pelo time do coração e marcas que nem mesmo o tempo pode apagar. A tatuagem do brasão do Colorado na panturrilha dele e a tatuagem do brasão do Operação no tornozelo dela eternizam essa paixão.
Ambos contam as horas para prestigiar o clássico Comerário, que acontece neste domingo (06) no estádio Pedro Pedrossian, o Morenão, a partir das 16h. Ex-funcionário público, Edson nutre a sua admiração e apreço pelo Colorado desde os 13 anos de idade. “Era o ano de 1974, eu escutava pelo rádio uma partida que era transmitida do Belém do Pará, entre Remo e Comercial. Comercial venceu por 2 a 1 e desde então passei a amar o time”, revela.
Edson lembra que ficou bastante frustrado quando foi anunciada a interrupção dos jogos por causa da pandemia da Covid-19, em março de 2020.
“O anúncio foi feito durante treinos no campo do Vovó Ziza. O time estava no ritmo bom, era forte para ser campeão estadual, mas veio a pandemia e a equipe foi desmontada”, lamenta. Sobre a decisão de marcar para sempre o corpo com a imagem do time, ele é incisivo: “amo o comercial”.
Operariana
Wanessa Martins Perez Diogo é empresária. Diferentemente de Edson, não foi uma situação pontual que despertou nela a paixão pelo Operário. O amor é herança da família.
“Meu pai Wanderley e meu tio Perez (em memória) jogaram no Operário nos anos de 1976 a 1978, então já fui crescendo com esse amor ao time, ouvindo as histórias deles”, compartilha.
Para Wanessa, o futebol, por meio do Operário Futebol Clube, representa o amor de pai para filha e, como toda boa admiradora, é claro, faz parte da torcida organizada “Garra Operariana”.
Ela lembra que ainda quando criança, ao sair do último comerário visto ao lado do pai, passaram em frente à concentração da torcida. Na ocasião, o pai já profetizou que um dia ela fosse fazer parte daquela plateia. “Estou há seis anos e não foi nada ao acaso. Naquele dia, meu pai apontou e disse: filha, é dessa torcida que você irá fazer parte, essa torcida será sua! E hoje é, minha torcida amada”, celebra.
As surpresas da vida em situações que envolvem o time não pararam por aí. Foi através dela, que Wanessa conheceu Sérgio: “o amor da minha vida. Hoje meu esposo”, completa. Por fim, Wanessa garante presença no campeonato. “É um prazer imenso que transborda alegria e muito amor. Vamos seguir todas as normas de biossegurança e estou muito otimista em vê-lo campeão em 2022”, garante.
Com objetivo de resgatar os grandes momentos do futebol sul-mato-grossense, a Cervejaria Bamboa, através do Grupo Refriko, celebraram nesta terça-feira (1), parceria com esses dois tradicionais times de Campo Grande. O apoio financeiro visa contribuir para o custeio dos times durante a realização do campeonato.