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Comportamento

Vestido de garçom, Márcio apela por emprego com fotos de famosos

Com experiência de 18 anos como garçom, Mário está desempregado e viu como alternativa vender balas na rua

Lucas Mamédio e Thailla Torres | 05/07/2021 07:44
Mário no canteiro com suas placas e balas (Foto: Thailla Torres)
Mário no canteiro com suas placas e balas (Foto: Thailla Torres)

Uma figura chama a atenção no cruzamento da Avenida Mato Grosso com a Rua Ceará. Todo vestido de garçom, Mario Márcio Fernandes, de 45 anos, se explica por meio de uma plaquinha presa ao pote de balas que carrega. “Sou + 1 garçom desempregado no Brasil”, representado pela bandeira desta sofrida pátria.

Este foi o segundo final de semana que o garçom se propôs a vender bala no sinal. Há pouco mais de um ano sem emprego fixo e com 18 anos de experiência, essa foi a única alternativa que Mário viu, tanto para levantar uma grana extra, quanto para divulgar seu trabalho.

“Tem sido muito difícil. Eu vivo de bicos aos finais de semana. Tiro no máximo R$ 70,00 por dia tendo que trabalhar das 16h até de madrugada às vezes”, explica.

Mário carrega fotos com famosos presos a sua plaquinha (Foto: Thailla Torres)
Mário carrega fotos com famosos presos a sua plaquinha (Foto: Thailla Torres)
O garçom está no ponto há duas semanas (Foto: Thailla Torres)
O garçom está no ponto há duas semanas (Foto: Thailla Torres)

Durante a semana, o garçom conta que leva currículo para tentar voltar a trabalhar naquilo que mais ama. “Eu comecei como garçom há 18 anos quando me mudei para São Paulo. Lá trabalhei em grandes redes de restaurantes, atendi clientes importantes”.

Mário é natural de Campo Grande, por isso voltou para cá onde mora com os pais e com a filhinha mais nova de um ano. “Ela depende de mim, tenho que me virar como posso”.

O garçom carrega consigo fotos com artistas para, de certo modo, provar sua história. “Muita gente para, tira fotos, posta nas redes sociais, mas por enquanto não apareceu nenhum a oportunidade”.

Mário oferecendo balas a motorista parado no semáforo (Foto: Thailla Torres)
Mário oferecendo balas a motorista parado no semáforo (Foto: Thailla Torres)

Apesar de ter atuado em outras áreas na vida, inclusive na sua volta para Campo Grande, ele explica porque insiste no ofício de servir. “Eu já tentei fazer outras coisas, mas gosto mesmo de estar com as pessoas, atender, essa é minha paixão”.

Mário vende três tipo de bala. Cada pacote com seis custa R$ 2,00. Além do sustento em casa, ele conta que precisa do dinheiro para um tratamento dentário urgente.

“Estou com o dente da frente quebrado e até para trabalhar isso em atrapalha”

Entre em contato com Mário pelo número (67) 8465-0668, que também é WhatsApp.

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