Após pausa nos saltos, céu de Campo Grande volta a ver paraquedas em outubro
São os 45 segundos mais longos para quem vê uma cidade de cima. A 10, 12 mil pés, o céu faz parte do trajeto de quem arrisca a brincar de voar. Depois de uma pausa, o paraquedismo em Campo Grande tem data para voltar. Em outubro, quem sentiu muita falta dos saltos se empenhou para encher de colorido o céu por quatro dias.
Nos últimos anos, os paraquedistas atletas e amadores tinham de ir até Boituva, no interior de São Paulo. Agora são os equipamentos e profissionais deles que vem para cá. A iniciativa é do consultor de tecnologias para educação, Rodrigo César de Faria Corrêa, conhecido no meio como Donatelo.
“Tem os seguintes propósitos, primeiro de realizar o sonho daqueles que nunca saltaram, fomentar o esporte no Estado e também tem um cunho social, parte da renda será destinada a uma instituição de combate às drogas”, explica.
Donatelo tem 39 anos de idade e quase 20 de paraquedismo. Conheceu o salto aqui, depois se mudou para o estado vizinho, Mato Grosso e quando retornou, não encontrou mais os colegas. “Me desloquei para o Centro Nacional de Paraquedismo, em São Paulo, e vi que muitos acabaram se mudando para lá. Aí tivemos a ideia de fazer o evento para reunir novamente os atletas”, completa.
De paraquedistas sul-mato-grossenses inscritos no 1º Pantanal Radical, já são 15, mas a expectativa é de reunir mais. O nome “Pantanal” é por enquanto apenas para chamar atenção. Os saltos serão de 10 a 13 de outubro, partindo do aeroporto Santa Maria.
Para quem nunca saltou, mas tem curiosidade de conhecer a sensação, Donatelo descreve como sendo o ápice da liberdade. “Em primeiro lugar, a liberdade. A sensação real de voo em queda livre. No primeiro momento, causa estranheza, mas depois você começa a ver que é possível uma movimentação”, explica. “É uma sensação que todo ser humano deveria ter pelo menos uma vez na vida”, completa.
De cada 10 pessoas que saltam, segundo o paraquedista, pelo menos três procuram fazer o curso e dar continuidade. No evento, as opções de salto duplo, junto do instrutor que “pilota” o paraquedas, começam com valores a partir de R$ 649,00 que podem incluir a gravação de imagens e fotos.
“O passageiro, neste caso, vai acoplado junto ao instrutor. Então ele sente, curte a sensação de queda livre por praticamente 45 segundos. Se você marcar e imaginar em queda, vai ver que o tempo se torna uma eternidade”, descreve Donatelo.
Depois que o paraquedas é aberto, o instrutor pode entregar as cordinhas ao passageiro, para que ele tenha a noção de como funciona o paraquedas. Quem escolhe a opção com imagens tem, desde o making off, até o pouso. E no ar, além da reação do salto, quando o paraquedas abre, se conseguir, a pessoa ainda pode descrever como é.
“A primeira reação é a histeria, grito de felicidade, mas são as mais diversas que você possa imaginar, sempre de muita euforia e alegria”, resume. E no chão, a vontade unânime é uma só: de ir de novo.
Não há grandes restrições para o salto que pode ser feito por idosos, cadeirantes e até amputados. Depois de comprado o ticket no site, a organização marca uma agenda para explicar ao passageiro os requisitos e o horário do salto.
No local, ele recebe todas as instruções. “Aí depois é só se preparar e saltar”, diz Donatelo. Para o evento, quem comprar as imagens ainda pode ver o vídeo sendo passado no telão do Blues Bar durante o final de semana.
Informações pelo site http://www.pantanalparaquedismo.com.br.